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Mercosul convoca reunião para avaliar aplicação de cláusula democrática contra a Venezuela

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) vai reunir-se "nos próximos dias" para debater se aplicará a cláusula democrática contra a Venezuela, anunciou o Presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez.

Vitoria da oposição na venezuela: Pela primeira vez em 15 anos, a oposição venceu umas eleições parlamentares, obtendo 112 dos 167 lugares, o que lhe deu uma maioria de dois terços. O Presidente Nicolas Maduro aceitou a derrota, mas acusou a oposição de querer fazer um golpe de Estado com apoio dos Estados Unidos e do FMI.
25 de Outubro de 2016 às 01:22
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"Com respeito à cláusula democrática, o Mercosul tem de se reunir para discutir o tema. O Uruguai estará presente e discutiremos isso com seriedade e responsabilidade", disse Vásquez, após uma reunião em Buenos Aires com o seu homólogo argentino, Mauricio Macri, mas sem especificar a data e o local da futura reunião.

 

O Presidente da Argentina manifestou a preocupação de ambos com a situação actual no país, alertando que "do jeito que está, a Venezuela não pode fazer parte do Mercosul e tem de ser condenada por todos os países do continente e do mundo".

 

A aplicação da cláusula democrática pode implicar a suspensão da Venezuela no bloco económico e de benefícios ligados ao grupo, como a livre circulação de pessoas e união alfandegária. 

 

A posição foi manifestada depois de o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) ter adiado, na sexta-feira, "até nova ordem judicial", a recolha de assinaturas para a realização do referendo para revogar o mandato do Presidente Nicolás Maduro pedido pela oposição.

 

Em meados de Setembro, Argentina Brasil, Paraguai e Uruguai anunciaram que iam assumir conjuntamente a presidência semestral da organização, rejeitando transmiti-la à Venezuela.

 

Na ocasião, os países fundadores do Mercosul ameaçaram ainda "suspender" a presença da Venezuela na organização, caso o país não respeite as suas "disposições jurídicas" até ao início de Dezembro.

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