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Marcelo elogia "seis anos de corajoso e dedicado serviço" de Joana Marques Vidal
O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou hoje, ao condecorar a anterior procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, os seus "seis anos de corajoso e dedicado serviço à causa pública".
O Presidente da República reiterou, no entanto, a convicção de que "nada nem ninguém travará" o combate à criminalidade e, em particular, à corrupção e defendeu que a democracia se faz "do primado das instituições".
Marcelo Rebelo de Sousa deixou estas mensagens numa cerimónia de condecoração que não foi tornada pública e que posteriormente foi divulgada através de uma nota no portal da Presidência da República na Internet, acompanhada de fotografias e de vídeo.
Na sua intervenção, registada nesse vídeo, o chefe de Estado declarou que, "sendo um reconhecimento nacional por seis anos de corajoso e dedicado serviço à causa pública", a condecoração de Joana Marques Vidal "é também um louvor a toda uma magistratura".
"É essa uma das forças da democracia que importa reafirmar nestes tempos. Ela faz-se do primado das instituições, mesmo quando, como é o caso, elas se afirmam e enriqueçam com a inteligência e a vontade dos seus mais devotados líderes", acrescentou.
O chefe de Estado condecorou Joana Marques Vidal na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, em Lisboa, na presença do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, do primeiro-ministro, António Costa, dos ministros da Defesa, João Gomes Cravinho, e da Justiça, Francisca Van Dunem, e da actual procuradora-geral da República, Lucília Gago.
A Ordem Militar de Cristo destina-se a distinguir "destacados serviços prestados ao país no exercício das funções de soberania".
A condecoração de Joana Marques Vidal, que foi procuradora-geral da República entre 2012 e 2018, acontece dez dias depois da posse da sua sucessora, Lucília Gago, que teve lugar também na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, esta distinção "representa um reconhecimento público, nacional, manifestado pelo Presidente da República, ao abrigo da legitimidade que a Constituição e o voto popular lhe conferem" e "mais um momento para reafirmar a importância da missão da justiça, do Ministério Público, do combate contra a criminalidade e, em particular, contra a corrupção".
"Nada nem ninguém travará o que é uma prioridade decisiva para a moralização da nossa vida colectiva", defendeu, em seguida.