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Mais de mil milhões de pessoas têm fome em todo o mundo
Mais de mil milhões de pessoas no mundo têm fome, devido à crise económica e à subida dos preços dos alimentos nos últimos três anos, afirmou hoje o director geral da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO).
30 de Abril de 2010 às 08:15
Mais de mil milhões de pessoas no mundo têm fome, devido à crise económica e à subida dos preços dos alimentos nos últimos três anos, afirmou hoje o director geral da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO).
"Em 2009, o número daqueles que sofrem de fome no mundo aumentou 105 milhões em relação a 2008 e o número ultrapassa hoje os mil milhões", afirmou Jacques Diouf, na abertura dos trabalhos da XXXI Conferência Regional da FAO para a América Latina e as Caraíbas, que está a decorrer no Panamá.
Destes mil milhões de pessoas, 642 milhões vivem na Ásia e no Pacífico, 265 milhões em África, 42 milhões na América Latina e nas Caraíbas e 15 milhões nos países desenvolvidos, adiantou Diouf.
Os países mais afectados são a República Democrática do Congo e a Eritreia, que têm 75% e 66% dos seus habitantes com fome, respectivamente. No Haiti, o país com mais fome nas Caraíbas, este é um problema que atinge 58 por cento da população.
África é sempre o continente mais afectado pela subnutrição, que atinge 28% da sua população.
O director da FAO explicou que o aumento da subnutrição nos três últimos anos se deve à diminuição dos investimentos no sector agrícola, ao aumento do preço dos alimentos e à crise económica.
Nos países em vias de desenvolvimento, as famílias gastam até 50% dos seus rendimentos com a alimentação, uma taxa que nos países desenvolvidos é de 20%.
Jacques Diouf apelou a uma "política mundial de segurança alimentar", recomendando que esta política deve ter em consideração a necessidade de aumentar a produção agrícola em 70 por cento nos países desenvolvidos e em 100% nos países em desenvolvimento, para garantir a alimentação de uma população que, em 2050, estará próxima dos 9,1 mil milhões de habitantes.
De acordo com um relatório da FAO, "a gravidade da crise alimentar actual é o resultado de 20 anos de investimentos insuficientes na agricultura e do abandono" a que o sector foi votado.
"Em 2009, o número daqueles que sofrem de fome no mundo aumentou 105 milhões em relação a 2008 e o número ultrapassa hoje os mil milhões", afirmou Jacques Diouf, na abertura dos trabalhos da XXXI Conferência Regional da FAO para a América Latina e as Caraíbas, que está a decorrer no Panamá.
Os países mais afectados são a República Democrática do Congo e a Eritreia, que têm 75% e 66% dos seus habitantes com fome, respectivamente. No Haiti, o país com mais fome nas Caraíbas, este é um problema que atinge 58 por cento da população.
África é sempre o continente mais afectado pela subnutrição, que atinge 28% da sua população.
O director da FAO explicou que o aumento da subnutrição nos três últimos anos se deve à diminuição dos investimentos no sector agrícola, ao aumento do preço dos alimentos e à crise económica.
Nos países em vias de desenvolvimento, as famílias gastam até 50% dos seus rendimentos com a alimentação, uma taxa que nos países desenvolvidos é de 20%.
Jacques Diouf apelou a uma "política mundial de segurança alimentar", recomendando que esta política deve ter em consideração a necessidade de aumentar a produção agrícola em 70 por cento nos países desenvolvidos e em 100% nos países em desenvolvimento, para garantir a alimentação de uma população que, em 2050, estará próxima dos 9,1 mil milhões de habitantes.
De acordo com um relatório da FAO, "a gravidade da crise alimentar actual é o resultado de 20 anos de investimentos insuficientes na agricultura e do abandono" a que o sector foi votado.