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Os principais desenvolvimentos de terça-feira, ao minuto

As tropas da Rússia continuam a avançar pela Ucrânia, numa altura em que os países apertam as sanções ao regime de Vladimir Putin. Acompanhe ao minuto.

Reuters
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Mais de 370 mil pessoas já atravessaram a fronteira entre a Ucrânia e a Polónia
Esta segunda-feira, um recorde de mais de 100.000 pessoas atravessaram a fronteira da Ucrânia com a Polónia. Os números foram avançados pelos serviços fronteiriços polacos, citados pela Bloomberg, que adiantam que, desde que começou a invasão militar da Ucrânia pela Rússia, cerca de 377.400 pessoas atravessaram a fronteira da Polónia.

No Twitter, a Chancelaria da Primeiro-ministro polaco tem sucessivamente rejeitado as notícias de que cidadãos de diversas etnias estavam a ser deixados para trás, estando a prioridade a ser dada a ucranianos brancos. "Embora o grupo dominante a precisar de acolhimento na Polónia sejam cidadãos ucranianos, as autoridades estão a deixar passar pessoas de várias nacionalidades", lê-se, "independemente da etnia ou religião", de acordo com os procedimentos estabelecidos.


Numa entrevista à rádio polaca, o ministro do interior, Maciej Wasik, indicou que o país está a preparar uma legislação especial para facilitar ajuda médica e humanitária, incluindo alojamento, aos refugiados da Ucrânia.
Futuros apontam para arranque da sessão a vermelho na Europa
Os futuros da Europa apontam esta terça-feira para uma abertura em baixa, com os investidores receosos em relação ao escalar do conflito armado na Ucrânia e sem conseguir antever o impacto na economia global das sanções à Rússia.

Esta manhã, o índice Stoxx 50, de referência para o bloco europeu, estava a ceder 0,61%.

Já nos mercados asiáticos, a sessão decorreu de forma positiva. No Japão, o Nikkei avançou 1,20% e o Topix 0,54%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,43% e na Coreia do Sul o Kospi somou 0,84%.
Segunda maior cidade ucraniana alvo de intenso bombardeamento durante a noite
Os bombardeamentos áereos russos intensificaram-se na última noite com Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, a ser particularmente fustigada. O presidente da câmara, Ihor Terekhov , adiantou que várias áreas residenciais estavam a ser atacadas, naquilo que chamou de "uma guerra para destruir o povo ucraniano".

Esta terça-feira, os ministros dos negócios estrangeiros da Alemanha, França e Polónia vão encontrar-se na cidade polaca de Lodz, para tentar encontrar uma forma de travar o ataque russo, uma vez que as sanções económicas que estão a ser aplicadas por vários países e empresas do ocidente parecem estar a ter pouco efeito no terreno.

Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, bem como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vão viajar seperadamente para a Polónia e depois para a Estónia.
Paládio continua a valorizar. Ouro estabiliza nos 1.900 dólares
Com a invasão russa à Ucrânia sem dar tréguas, os investidores continuam a procurar ativos refúgio. O ouro mantém a sua escalada de preço, numa altura em que a Rússia é alvo de várias sanções económicas por parte do ocidente.

Ainda assim, depois de ter realizado a maior escalada desde meio, o metal amarelo parece ter estabilizado, a avançar 0,20% para 1.912,79 dólares a onça. "O ouro está um pouco preso nos 1.900 dólares e isso pode manter-se à medida que as preocupações com o crescimento global se intensificam", adiantou Edward Moya, analista da Oanda Corp. "A estagflação será a palavra-chave e que deve, em última análise, desencadear fluxos de refúgio em direção ao ouro."

Por sua vez, o paládio subiu 0,9% após ter avançado 5,2% na sessão anterior devido a preocupações com possíveis interrupções no fornecimento, uma vez que a Rússia produz cerca de 40% do paládio extraído mundialmente. A prata registou poucas alterações, enquanto a platina valorizou 0,4%.
Rublo estabiliza depois de queda histórica. Euro avança
Depois de uma queda histórica, tendo desvalorizado 30%, o rublo parece estar a estabilizar nesta terça-feira. Na sessão passada, na sequência do apertar das sanções económicas à Rússia, um dólar chegou a valer 105,29 rublos, estando atualmente nos 98,48.

A bolsa de Moscovo permanece fechada pelo segundo dia, numa altura em que os mercados mundiais avaliam a possibilidade de remover a Rússia nos seus índices e títulos.

De resto, o dólar, que tem sido a divisa estrela nos últimos dias, estava esta manhã a desvalorizar ligeiramente, 0,04%, frente a um cabaz de moedas rivais.

Já o euro segue a somar 0,06% face à nota verde.
Bielorrússia não tem intenção de enviar tropas para a Ucrânia
Depois de a Bielorrúsia ter sido palco das negociações de paz esta segunda-feira, junto à fronteira com a Ucrânia, o seu presidente, Alexander Lukashenko, veio afirmar que o seu país não tem qualquer intenção de se juntar ao conflito armado.

O líder afirmou ao seu Conselho de Segurança, indica a Bloomberg, que, apesar da Rússia ter colocado o seu exército no país, nunca lhe pediu para também participar na invasão. 

Lukashenko sublinha que está pronto para ajudar nas conversações de paz, numa altura em que os países do ocidente começam a considerar alastrar à Bielorrússia as sanções impostas à Rússia.
Preços do petróleo e do gás em alta. Gazprom continua a assegurar o fornecimento de gás natural à Europa
Os preços do petróleo e do gás natural mantêm-se esta terça-feira em rota ascendente.

Apesar de vários países já terem adiantado que estão prontos para libertar as reservas de emergência, o "ouro negor" continua a escalar no seguimento dos avanços do exército russo em território ucraniano, num dia que será marcado pela reunião de emergência da Agência Internacional de Energia.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 3,14% para 98,73 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 3,69% para 101,59 dólares por barril.

Por sua vez, os futuros gás natural no mercado holandês, de referência para a Europea, chegaram a subir 7.5% para 105 euros por megawatt-hora, and estavam esta manhã a avançar 7% em Amesterdão.

Entretanto, a Gazprom, o principal fornecedor russo, já veio dizer que vai cumprir as suas obrigações contratuais e que esta terça-feira estava a assegurar normalmente o fornecimento de gás natural.
Juros da zona euro em baixa
Os juros das dívidas soberanas dos países da zona euro têm estado a recuar com o conflito na Ucrânia, e esta terça-feira não é exceção.

A queda mais acentuada regista-se na Itália, onde as yelds até têm estado em contraciclo. Neste momento a dívida de Roma cai 9,4 pontos base para uma taxa a 10 anos de 1,531%.

Já as bonds germânicas, de referência para o bloco europeu, aliviam 4,1 pontos base para 0,004%, já novamente a regressar à linha de água, nos 0%, valor que foi ultrapassado em janeiro, pela primeira vez desde 2019.

Paris também cede 5 pontos base, para 0,456%.

Na Península Ibérica, Portugal e Espanha recuam 6,9 e 6,7 pontos base, respetivamente, para yelds de 0,821% e 0,950%.
Lisboa regista a queda menos expressiva numa Europa pintada a vermelho
A meio da sessão desta terça-feira, as praças europeias seguem a negociar no vermelho, com os principais índices a registar quedas. Lisboa é a que tem o recuo menos expressivo, de 0,14%. Por outro lado, Paris lidera as perdas, com um tombo de 2,79%.

O Stoxx 600, que agrega as principais empresas europeias, cede 1,58%, sendo que o setor do turismo é o que mais pesa no índice. Por outro lado, o dos recursos básicos é o único que segue a verde.

Os índices europeus registram já dois meses de queda, a mais longa sequência de perdas desde outubro de 2020, devido aos receios dos investidores em relação a uma política monetária mais apertada e à inflação crescente, com a invasão da Ucrânia pela Rússia a aumentar o sentimento negativo.

Mais logo, os investidores vâs estar atentos ao discurso do presidente norte-americano no debate do Estado da União. Amanhã e quinta-feira, as atenções voltam-se para Jerome Powell, líder da reserva federal dos Estados Unidos.

"A situação na Ucrânia está a demorar mais do que o esperado e a incerteza cresce, enquanto nos continuamos a focar na inflação e no crescimento", adiantou Diego Fernandez, diretor de investimentos da A&G Banca Privada, em Madrid. "Hoje deve ser um dia de transição devido ao discurso de Biden e aos comentários de Powell mais no final da semana, embora, como vimos, qualquer notícia sobre a guerra possa provocar os mercados".
Vladimir Putin intensifica ataque à Ucrânia
Ao sexto dia de invasão à Ucrânia, as tropas russas reorganizaram-se e intensificaram o ataque, com imagens de satélite a mostrarem colunas militares superiores a 64 quilómetros de extensão a dirigirem-se em direção à capital Kiev.

Já esta terça-feira, um míssil atingiu o centro de Kharkiv num dos ataques mais destrutivos desde que Moscovo lançou a sua ofensiva. O ataque à segunda maior cidade da Ucrânia teve como alvo um edifício governamental, que foi engolido por uma bola de fogo. Vídeos do local mostra toda a Praça da Independência coberta de escombros.

Numa declaração em vídeo, o presidente ucraniano, Zelensky, descreveu o incidente como "terror direto e indisfarçado". "Depois disto, a Rússia é um estado terrorista", afirmou. "Ninguém vai perdoar. Ninguém vai esquecer."

Já o ministro da defesa do país assume que a situação está tensa em Kiev. "O ocupante russo está a usar a tática de destruir a infraestrutura civil."

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, adiantou aos jornalistas que as sanções anunciadas nos últimos dias pelo Ocidente não farão a Rússia recuar.

"Os Estados Unidos são fãs de sanções e a adesão a essa prática espalhou-se pela Europa. Provavelmente acreditam que conseguem persuadir assim mas evidentemente que isso é impossível. Não vamos mudar a nossa posição".
Wall Street em queda com investidores a acompanhar desenvolvimentos na Ucrânia
As bolsas norte-americanas acompanharam o desempenho das congéneres europeias e arrancaram a sessão em queda, com os investidores atentos ao desenrolar dos acontecimentos na Ucrânia, onde os ataques russos se intensificaram nas últimas horas.

Em Wall Street, o S&P 500 abriu a ceder 0.25% para 4.363,14 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuava 0.23% para 33.813,48 pontos. Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite deslizou igualmente 0,25% para 13.716,70 pontos.

O disparar dos preços do petróleo e do gás ajudaram as empresas de energia a manter-se no verde.

Por outro lado, os investidores também vão antecipando a reunião da Reserva Federal norte-americana, que arranca amanhã, uma vez que a incerteza da guerra pode vir a baralhar as expetativas em relação ao aumento das taxas de juro diretoras.

"Os mercados devem manter-se tensos por um longo período de alta volatilidade", afirmou Win Thin, chefe global de estratégia de moeda da Brown Brothers Harriman. Dada a maior incerteza em torno da Ucrânia, uma subida de meio ponto pela Fed "seria simplesmente muito agressiva neste momento".
Ucrânia vende títulos de guerra para financiar defesa contra a Rússia
A Ucrânia arrecadou 8,1 mil milhões de hryvnia (242 milhões de euros na atual taxa de conversão) num leilão de títulos de guerra, para financiar o seu poder militar na defesa contra o ataque da Rússia.

A informação foi avançada no Twitter pelo Ministério da Defesa do país, que oferece a oportunidade de ajudar a "cidadãos, empresas e investidores estrangeiros".

Agência Internacional de Energia liberta 60 milhões de barris extra de petróleo
A Agência Internacional de Energia (AIE), que representa as maiores economias do mundo, concordou em fornecer mais 60 milhões de barris de petróleo aos stocks do mundo inteiro, indica a Bloomberg, que cita fontes próximas do processo.

É o segundo aumento a pesar na produção norte-americana, no espaço de meses, numa altura em que os preços do crude já estiveram a bater os 105 dólares por barril, devido à escalada da tensão na Ucrânia. 

A incerteza em relação ao fornecimento de energia por parte da Rússia está a fazer disparar os preços das fontes energéticas com os analistas a acreditar que os preços ainda se vão manter acima dos 100 dólares por um período indeterminado.

É a primeira vez que a AIE faz um aumento sincronizado nos stocks de petróleo de petróleo desde a guerra civil na Líbia em 2011.

A decisão da agência surge após a OPEP+, liderada pela Rússia e a Arábia Saudita, não terem considerado, no ano passado, a proposta do presidente norte-americano, Joe Biden, de se aumentar a produção de crude.

Para esta quarta-feira, a organização dos países produtores de petróleo volta a reunir-se.
Petróleo dispara para novos máximos desde 2014
Petróleo dispara para novos máximos desde 2014
A intensificação dos ataques russos na Ucrânia, aliados às sanções impostas pelo Ocidente a Moscovo, estão a impulsionar os preços do petróleo para novos máximos desde 2014. 

Nem mesmo o anúncio da Agência Internacional de Energia (AIE) de que irá libertar 60 milhões de barris das suas reservas conseguiu travar a escalada nos preços do crude.

O Brent, de referência para o mercado europeu, avança 9,06%, para os 106,85 dólares por barril, tendo tocado o valor mais elevado desde 30 de julho de 2014.

No Nymex, o barril de West Texas Intermediate (WTI) dispara 10,41%, para os 105,68 dólares, depois de ter atingido hoje máximos desde 27 de junho de 2014.
Ataque russo contra torre de TV em Kiev interrompe emissão

Um ataque russo teve hoje como alvo uma torre de televisão na capital da Ucrânia, Kiev, causando a interrupção da transmissão dos canais, anunciou o Ministério do Interior ucraniano.

O ataque, que ocorre ao sexto dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, "atingiu" os equipamentos da torre, localizada perto de um importante memorial às vítimas do Holocausto, informou o ministério, citado pela agência France-Presse.


"Os canais não vão funcionar durante um determinado tempo", mas os sistemas de "segurança" permitirão a alguns canais televisivos restabelecer a sua emissão em breve, acrescentou.


Uma fotografia divulgada pelo Ministério do Interior mostrava a torre envolta numa espessa nuvem de fumo cinzento.


A estrutura principal do edifício, no entanto, ainda estava de pé.


A torre de televisão localiza-se no mesmo bairro que o local de Babi Yar, uma ravina onde os nazis mataram mais de 30.000 judeus em dois dias, em 1941. Esta zona é hoje um importante lugar de memória.


"Esses bárbaros estão a massacrar as vítimas do Holocausto pela segunda vez", denunciou na rede social Twitter o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak.

Empresa dona do gasoduto Nord Stream 2 abre falência

A empresa suíça que construiu o gasoduto Nord Stream 2 entre a Rússia e a Alemanha abriu falência, avança a AFP, após duras sanções norte-americanas e o chanceler alemão, Olaf Scholz, ter anunciado a suspensão do projeto.

A Nord Stream 2 AG, empresa sediada na Suíça e detida pela russa Gazprom, tinha concluído o projeto no ano passado, uma obra que custou cerca de 10 mil milhões de euros e que tinha como objetivo duplicar o transporte de gás natural através do Mar Báltico.


Há tropas russas que se renderam ou sabotaram os seus veículos, diz Pentágono
Alguns dos militares russos destacados para a ofensiva na Ucrânia estão a sabotar os seus próprios veículos, por forma a não combaterem, enquanto outras unidades militares renderam-se, segundo a avaliação do Pentágono, avançam o The New York Times e a BBC, citando uma fonte militar norte-americana.

O Pentágono considera que o moral é baixo nas fileiras russas, que não antecipavam uma resistência tão firme na invasão da Ucrânia.

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Londres anuncia sanções contra Bielorrússia
Londres anuncia sanções contra Bielorrússia
O Reino Unido vai impor sanções à Bielorrússia pelo seu papel na invasão russa da Ucrânia, anunciou esta terça-feira o governo britânico.

As sanções visarão indivíduos e organizaçºoes devido ao papel do regime de Minsk na invasão da Ucrânia, indicou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss.

"O regime de Lukashenko ajuda ativamente e encoraja a invasão ilegal perpetrada pela Rússia e irá sentir as consequências económicas do seu apoio a Putin", sublinhou.

Sendo um aliado - ou um regime-fantoche - do Kremlin, o governo bielorrusso autorizou que as forças militares russas entrassem na Ucrânia a partir do seu território. Há também indicações de que vários dos mísseis disparados contra alvos na Ucrânia foram lançados da Bielorrússia.
Bielorrússia reforça dispositivo militar junto a fronteira ucraniana
Bielorrússia reforça dispositivo militar junto a fronteira ucraniana
O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, ordenou esta terça-feira o destacamento de forças militares adicionais junto da fronteira com a Ucrânia.

Lukashenko, aliado de Putin, enviou para a fronteira cinco batalhões táticos, compostos por centenas de militares, veículos blindados e artilharia.

Entretanto, o regime de Minsk viu hoje o Reino Unido anunciar sanções contra altas figuras pelo seu papel na invasão da Ucrânia pela Rússia.
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