Notícia
Os principais desenvolvimentos de terça-feira, ao minuto
As tropas da Rússia continuam a avançar pela Ucrânia, numa altura em que os países apertam as sanções ao regime de Vladimir Putin. Acompanhe ao minuto.
- Mais de 370 mil pessoas já atravessaram a fronteira entre a Ucrânia e a Polónia
- Futuros apontam para arranque da sessão a vermelho na Europa
- Segunda maior cidade ucraniana alvo de intenso bombardeamento durante a noite
- Paládio continua a valorizar. Ouro estabiliza nos 1.900 dólares
- Rublo estabiliza depois de queda histórica. Euro avança
- Bielorrússia não tem intenção de enviar tropas para a Ucrânia
- Preços do petróleo e do gás em alta. Gazprom continua a assegurar o fornecimento de gás natural à Europa
- Juros da zona euro em baixa
- Lisboa regista a queda menos expressiva numa Europa pintada a vermelho
- Vladimir Putin intensifica ataque à Ucrânia
- Wall Street em queda com investidores a acompanhar desenvolvimentos na Ucrânia
- Ucrânia vende títulos de guerra para financiar defesa contra a Rússia
- Agência Internacional de Energia liberta 60 milhões de barris extra de petróleo
- Petróleo dispara para novos máximos desde 2014
- Ataque russo contra torre de TV em Kiev interrompe emissão
- Empresa dona do gasoduto Nord Stream 2 abre falência
- Há tropas russas que se renderam ou sabotaram os seus veículos, diz Pentágono
- Londres anuncia sanções contra Bielorrússia
- Bielorrússia reforça dispositivo militar junto a fronteira ucraniana
No Twitter, a Chancelaria da Primeiro-ministro polaco tem sucessivamente rejeitado as notícias de que cidadãos de diversas etnias estavam a ser deixados para trás, estando a prioridade a ser dada a ucranianos brancos. "Embora o grupo dominante a precisar de acolhimento na Polónia sejam cidadãos ucranianos, as autoridades estão a deixar passar pessoas de várias nacionalidades", lê-se, "independemente da etnia ou religião", de acordo com os procedimentos estabelecidos.
? #StopFakeNews!
— Chancellery of the Prime Minister of Poland (@PremierRP_en) February 27, 2022
Poland admits citizens of different countries in accordance with the existing procedures.
?? We urge for prudence and to refrain from disseminating disinformation.#PolandFirstToHelp pic.twitter.com/j9njei3jUc
Numa entrevista à rádio polaca, o ministro do interior, Maciej Wasik, indicou que o país está a preparar uma legislação especial para facilitar ajuda médica e humanitária, incluindo alojamento, aos refugiados da Ucrânia.
Esta manhã, o índice Stoxx 50, de referência para o bloco europeu, estava a ceder 0,61%.
Já nos mercados asiáticos, a sessão decorreu de forma positiva. No Japão, o Nikkei avançou 1,20% e o Topix 0,54%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,43% e na Coreia do Sul o Kospi somou 0,84%.
Esta terça-feira, os ministros dos negócios estrangeiros da Alemanha, França e Polónia vão encontrar-se na cidade polaca de Lodz, para tentar encontrar uma forma de travar o ataque russo, uma vez que as sanções económicas que estão a ser aplicadas por vários países e empresas do ocidente parecem estar a ter pouco efeito no terreno.
Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, bem como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, vão viajar seperadamente para a Polónia e depois para a Estónia.
Ainda assim, depois de ter realizado a maior escalada desde meio, o metal amarelo parece ter estabilizado, a avançar 0,20% para 1.912,79 dólares a onça. "O ouro está um pouco preso nos 1.900 dólares e isso pode manter-se à medida que as preocupações com o crescimento global se intensificam", adiantou Edward Moya, analista da Oanda Corp. "A estagflação será a palavra-chave e que deve, em última análise, desencadear fluxos de refúgio em direção ao ouro."
Por sua vez, o paládio subiu 0,9% após ter avançado 5,2% na sessão anterior devido a preocupações com possíveis interrupções no fornecimento, uma vez que a Rússia produz cerca de 40% do paládio extraído mundialmente. A prata registou poucas alterações, enquanto a platina valorizou 0,4%.
A bolsa de Moscovo permanece fechada pelo segundo dia, numa altura em que os mercados mundiais avaliam a possibilidade de remover a Rússia nos seus índices e títulos.
De resto, o dólar, que tem sido a divisa estrela nos últimos dias, estava esta manhã a desvalorizar ligeiramente, 0,04%, frente a um cabaz de moedas rivais.
Já o euro segue a somar 0,06% face à nota verde.
O líder afirmou ao seu Conselho de Segurança, indica a Bloomberg, que, apesar da Rússia ter colocado o seu exército no país, nunca lhe pediu para também participar na invasão.
Lukashenko sublinha que está pronto para ajudar nas conversações de paz, numa altura em que os países do ocidente começam a considerar alastrar à Bielorrússia as sanções impostas à Rússia.
Apesar de vários países já terem adiantado que estão prontos para libertar as reservas de emergência, o "ouro negor" continua a escalar no seguimento dos avanços do exército russo em território ucraniano, num dia que será marcado pela reunião de emergência da Agência Internacional de Energia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 3,14% para 98,73 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 3,69% para 101,59 dólares por barril.
Por sua vez, os futuros gás natural no mercado holandês, de referência para a Europea, chegaram a subir 7.5% para 105 euros por megawatt-hora, and estavam esta manhã a avançar 7% em Amesterdão.
Entretanto, a Gazprom, o principal fornecedor russo, já veio dizer que vai cumprir as suas obrigações contratuais e que esta terça-feira estava a assegurar normalmente o fornecimento de gás natural.
A queda mais acentuada regista-se na Itália, onde as yelds até têm estado em contraciclo. Neste momento a dívida de Roma cai 9,4 pontos base para uma taxa a 10 anos de 1,531%.
Já as bonds germânicas, de referência para o bloco europeu, aliviam 4,1 pontos base para 0,004%, já novamente a regressar à linha de água, nos 0%, valor que foi ultrapassado em janeiro, pela primeira vez desde 2019.
Paris também cede 5 pontos base, para 0,456%.
Na Península Ibérica, Portugal e Espanha recuam 6,9 e 6,7 pontos base, respetivamente, para yelds de 0,821% e 0,950%.
O Stoxx 600, que agrega as principais empresas europeias, cede 1,58%, sendo que o setor do turismo é o que mais pesa no índice. Por outro lado, o dos recursos básicos é o único que segue a verde.
Os índices europeus registram já dois meses de queda, a mais longa sequência de perdas desde outubro de 2020, devido aos receios dos investidores em relação a uma política monetária mais apertada e à inflação crescente, com a invasão da Ucrânia pela Rússia a aumentar o sentimento negativo.
Mais logo, os investidores vâs estar atentos ao discurso do presidente norte-americano no debate do Estado da União. Amanhã e quinta-feira, as atenções voltam-se para Jerome Powell, líder da reserva federal dos Estados Unidos.
"A situação na Ucrânia está a demorar mais do que o esperado e a incerteza cresce, enquanto nos continuamos a focar na inflação e no crescimento", adiantou Diego Fernandez, diretor de investimentos da A&G Banca Privada, em Madrid. "Hoje deve ser um dia de transição devido ao discurso de Biden e aos comentários de Powell mais no final da semana, embora, como vimos, qualquer notícia sobre a guerra possa provocar os mercados".
Já esta terça-feira, um míssil atingiu o centro de Kharkiv num dos ataques mais destrutivos desde que Moscovo lançou a sua ofensiva. O ataque à segunda maior cidade da Ucrânia teve como alvo um edifício governamental, que foi engolido por uma bola de fogo. Vídeos do local mostra toda a Praça da Independência coberta de escombros.
Numa declaração em vídeo, o presidente ucraniano, Zelensky, descreveu o incidente como "terror direto e indisfarçado". "Depois disto, a Rússia é um estado terrorista", afirmou. "Ninguém vai perdoar. Ninguém vai esquecer."
Já o ministro da defesa do país assume que a situação está tensa em Kiev. "O ocupante russo está a usar a tática de destruir a infraestrutura civil."
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, adiantou aos jornalistas que as sanções anunciadas nos últimos dias pelo Ocidente não farão a Rússia recuar.
"Os Estados Unidos são fãs de sanções e a adesão a essa prática espalhou-se pela Europa. Provavelmente acreditam que conseguem persuadir assim mas evidentemente que isso é impossível. Não vamos mudar a nossa posição".
Em Wall Street, o S&P 500 abriu a ceder 0.25% para 4.363,14 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuava 0.23% para 33.813,48 pontos. Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite deslizou igualmente 0,25% para 13.716,70 pontos.
O disparar dos preços do petróleo e do gás ajudaram as empresas de energia a manter-se no verde.
Por outro lado, os investidores também vão antecipando a reunião da Reserva Federal norte-americana, que arranca amanhã, uma vez que a incerteza da guerra pode vir a baralhar as expetativas em relação ao aumento das taxas de juro diretoras.
"Os mercados devem manter-se tensos por um longo período de alta volatilidade", afirmou Win Thin, chefe global de estratégia de moeda da Brown Brothers Harriman. Dada a maior incerteza em torno da Ucrânia, uma subida de meio ponto pela Fed "seria simplesmente muito agressiva neste momento".
A informação foi avançada no Twitter pelo Ministério da Defesa do país, que oferece a oportunidade de ajudar a "cidadãos, empresas e investidores estrangeiros".
The Ministry of Finance has placed military bonds worth UAH 8.1 billion.
— MinFin UA (@ua_minfin) March 1, 2022
Thank you for participation! #UkraineWillResist ? pic.twitter.com/R0e426oEp1
É o segundo aumento a pesar na produção norte-americana, no espaço de meses, numa altura em que os preços do crude já estiveram a bater os 105 dólares por barril, devido à escalada da tensão na Ucrânia.
A incerteza em relação ao fornecimento de energia por parte da Rússia está a fazer disparar os preços das fontes energéticas com os analistas a acreditar que os preços ainda se vão manter acima dos 100 dólares por um período indeterminado.
É a primeira vez que a AIE faz um aumento sincronizado nos stocks de petróleo de petróleo desde a guerra civil na Líbia em 2011.
A decisão da agência surge após a OPEP+, liderada pela Rússia e a Arábia Saudita, não terem considerado, no ano passado, a proposta do presidente norte-americano, Joe Biden, de se aumentar a produção de crude.
Para esta quarta-feira, a organização dos países produtores de petróleo volta a reunir-se.
Nem mesmo o anúncio da Agência Internacional de Energia (AIE) de que irá libertar 60 milhões de barris das suas reservas conseguiu travar a escalada nos preços do crude.
O Brent, de referência para o mercado europeu, avança 9,06%, para os 106,85 dólares por barril, tendo tocado o valor mais elevado desde 30 de julho de 2014.
No Nymex, o barril de West Texas Intermediate (WTI) dispara 10,41%, para os 105,68 dólares, depois de ter atingido hoje máximos desde 27 de junho de 2014.
Um ataque russo teve hoje como alvo uma torre de televisão na capital da Ucrânia, Kiev, causando a interrupção da transmissão dos canais, anunciou o Ministério do Interior ucraniano.
O ataque, que ocorre ao sexto dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, "atingiu" os equipamentos da torre, localizada perto de um importante memorial às vítimas do Holocausto, informou o ministério, citado pela agência France-Presse.
"Os canais não vão funcionar durante um determinado tempo", mas os sistemas de "segurança" permitirão a alguns canais televisivos restabelecer a sua emissão em breve, acrescentou.
Uma fotografia divulgada pelo Ministério do Interior mostrava a torre envolta numa espessa nuvem de fumo cinzento.
A estrutura principal do edifício, no entanto, ainda estava de pé.
A torre de televisão localiza-se no mesmo bairro que o local de Babi Yar, uma ravina onde os nazis mataram mais de 30.000 judeus em dois dias, em 1941. Esta zona é hoje um importante lugar de memória.
"Esses bárbaros estão a massacrar as vítimas do Holocausto pela segunda vez", denunciou na rede social Twitter o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak.
A empresa suíça que construiu o gasoduto Nord Stream 2 entre a Rússia e a Alemanha abriu falência, avança a AFP, após duras sanções norte-americanas e o chanceler alemão, Olaf Scholz, ter anunciado a suspensão do projeto.
A Nord Stream 2 AG, empresa sediada na Suíça e detida pela russa Gazprom, tinha concluído o projeto no ano passado, uma obra que custou cerca de 10 mil milhões de euros e que tinha como objetivo duplicar o transporte de gás natural através do Mar Báltico.
#BREAKING Swiss company behind Nord Stream 2 pipeline 'insolvent', lays off staff: official pic.twitter.com/uahzqTOjjn
— AFP News Agency (@AFP) March 1, 2022
O Pentágono considera que o moral é baixo nas fileiras russas, que não antecipavam uma resistência tão firme na invasão da Ucrânia.
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Lukashenko, aliado de Putin, enviou para a fronteira cinco batalhões táticos, compostos por centenas de militares, veículos blindados e artilharia.
Entretanto, o regime de Minsk viu hoje o Reino Unido anunciar sanções contra altas figuras pelo seu papel na invasão da Ucrânia pela Rússia.