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Maioria dos portugueses "censura" moção censura do Bloco de Esquerda

Mais de metade do eleitorado desaprova a moção que será amanhã apresentada pelo partido de Francisco Louçã. E a maioria dos votantes no BE aplaude a decisão do CDS e do PSD de a inviabilizar.

09 de Março de 2011 às 18:02
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Segundo os resultados da sondagem realizada pela Aximage para o Negócios e Correio da Manhã, 56,2% dos portugueses “está contra” a iniciativa do Bloco de Esquerda, que amanhã apresenta uma moção de censura ao Governo. Quase um terço (29,1%) diz-se a favor, ao passo que 8,7% se manifesta sem opinião e 6% se diz indiferente.

Sem surpresa, a taxa de reprovação da moção do BE é a mais alta (78,9%) entre os inquiridos que dizem ter votado no partido do Governo (PS) nas últimas eleições, sendo também claro o voto desfavorável (69,7%) dado pelos que terão votado no PSD.

Já entre o eleitorado centrista as opiniões estão mais divididas (37,2% está contra; 29,8% é a favor), sendo que é o eleitorado da CDU o mais entusiasta da moção do Bloco: 72,3% diz-se a favor, o que traduz uma percentagem de aprovação bem mais expressiva do que a recolhida entre o próprio eleitorado bloquista (52,5%).

A aparente falta de adesão dos votantes do Bloco à moção apresentada pelo seu partido é confirmada pelo facto de a maioria dos inquiridos aplaudir a decisão do CDS e do PSD de a inviabilizar.

Ainda de acordo com a mesma sondagem, mais de metade dos que votaram no BE nas eleições de 2009 considera que quer o CDS (51,8%) quer o PSD (51,6%) “fizeram bem” ao optar pela abstenção, inviabilizando, assim, a moção que poderia derrubar o Governo de José Sócrates.

O eleitorado que mais reprova a opção do CDS é o próprio centrista que votou Paulo Portas em 2009: só 35,3% acha que o partido fez a opção correcta ao anunciar a abstenção, o que representa uma taxa de aprovação inclusive inferior à do eleitorado comunista (47%).


Ficha técnica:

Esta sondagem teve por universo indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel, tendo sido realizada por telefone entre os dias 3, 4 e 7 de Março de 2011, com uma taxa de resposta de 74,2%.


A amostra é aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 284 a homens e 316 a mulheres; 153 no interior, 227 no litoral norte e 220 no litoral centro sul; 165 em aldeias, 206 em vilas e 229 em cidades. O desvio padrão máximo é de 0,020 (ou seja, uma “margem de erro” - a 95% - de 4,0%).



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