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Mário Soares critica troika por "funcionar como parecendo o Governo"

O ex-Presidente da República e primeiro-ministro Mário Soares criticou hoje que a troika esteja "a funcionar como parecendo o Governo do país", dizendo concordar e ter achado "muita graça" às declarações do presidente do BPI, Fernando Ulrich.

18 de Novembro de 2011 às 19:55
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"Eu achei muita graça, isso posso dizer-lhe, e até estava com a ideia de lhe telefonar hoje para lhe dar os meus cumprimentos, aquilo que disse o doutor Ulrich, que disse que esses senhores da troika são assim uns senhores de 5ª ou 7ª ordem. Eu achei graça a isso", afirmou Mário Soares.

O fundador do PS e actual conselheiro de Estado falava aos jornalistas na Fundação Mário Soares, à entrada para a sessão de lançamento em Portugal do livro "Cuentos para mis nietos", escrito por Elzira Dantas Machado, esposa do ex-Presidente da República Bernardino Machado, na segunda década do século XX.

Na quinta-feira, o presidente do BPI, Fernando Ulrich, disse que gostava de deixar de assistir a conferências de imprensa da troika feitas por funcionários "não eleitos democraticamente", preferindo ouvir o Governo que está a fazer "um excelente trabalho".

Questionado sobre se considera que a troika tem ultrapassado as suas competências de intervenção relativamente a Portugal, Mário Soares respondeu: "Ah, sim, com certeza".

"Não se esqueça que a troika está a funcionar como parecendo o Governo do país, ora não é, nós temos um Governo legítimo", defendeu.

Já sobre o Orçamento do Estado para 2012, que na próxima semana é votado em votação final global, no Parlamento, e a linha de actuação do PS, Mário Soares não quis fazer comentários, lembrando que "não é deputado", nem tem "funções públicas".

Perante a insistência dos jornalistas, Mário Soares rejeitou dar qualquer opinião, mesmo na condição de fundador e histórico' do PS: "Já há quantos anos é que eu fui fundador do PS".

"Não posso estar a comentar todos os dias o que se passa em Portugal, porque eu não tenho funções públicas, sou apenas membro do conselheiro de Estado, mais nada do que isso, e cidadão, como cidadão faço cá os meus juízos, mas eles não têm nenhum interesse para vocês", declarou.

"Falem com os deputados", recomendou Mário Soares, entrando depois no auditório da Fundação.







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