O crescimento do agregada da massa monetária da Zona Euro, ou M3, acelerou para os 7,4% em Outubro, face aos 6,9% registados no mês anterior, em consequência dos recentes atentados contra os Estados Unidos (EUA), anunciou hoje o Banco Central Europeu (BCE).

O aumento verificado em Outubro no M3, que serve de indicador avançado em relação à evolução da inflação europeia, surpreendeu os analistas, que estimavam um abrandamento face aos valores registados em Setembro.

O BCE já referiu que os números relativos ao M3 se encontram distorcidos para cima em pelo menos 75 pontos base e que os recentes aumentos no agregado da massa monetária não representam um perigo em termos de pressões inflacionistas.

O objectivo do BCE para o M3 situa-se nos 4,5%, um valor que sempre foi excedido desde a introdução da moeda única, em Janeiro de 1999.

A taxa de inflação da Zona Euro tem vindo a apresentar uma tendência descendente ao longo dos últimos meses, tendo abrandado para os 2,4% em Outubro, um valor próximo da meta de 2% traçada pelo BCE.

O BCE acredita que a inflação europeia vai continuar a recuar nos próximos tempos, devendo atingir o nível pretendido no início do próximo ano, o que daria maior margem de manobra à instituição para voltar a baixar as taxas de juro na Zona Euro.

Desde o início deste ano, o BCE cortou a sua taxa directora num total de 150 pontos base, para os actuais 3,75%, na tentativa de estimular o crescimento económico na zona da moeda única.

A descida dos juros costuma impulsionar o investimento e o consumo, através da redução dos encargos associados à contracção de financiamentos. No entanto, este movimento pode levar ao incremento das pressões inflacionistas, devido ao aumento da procura, o que tem condicionado a actuação do BCE.