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Lisboa tem um PIB ‘per capita’ 70% acima da média nacional

O Produto Interno Bruto «per capita» da grande Lisboa supera a média nacional em 70%, sendo que as actividades produtivas registam uma forte concentração nas regiões de Lisboa, Norte e Centro que em 2003 representavam em conjunto cerca de 85% do total do

28 de Dezembro de 2005 às 11:00
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O Produto Interno Bruto «per capita» da grande Lisboa supera a média nacional em 70%, sendo que as actividades produtivas registam uma forte concentração nas regiões de Lisboa, Norte e Centro que em 2003 representavam em conjunto cerca de 85% do total do PIB, do emprego e das remunerações.

Verifica-se uma «forte concentração» das actividades produtivas nas regiões de Lisboa, Norte e Centro, que conjuntamente «representavam, em 2003, cerca de 85% do total do PIB, do emprego total e das remunerações, mas também da população residente», segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

A sub-região da grande Lisboa «era responsável isoladamente, em 2003, por quase um quarto do emprego nacional e por um terço da actividade produtiva nacional (32,4% do total do PIB). A distribuição do PIB ‘per capita’ relativizada face à média nacional evidencia a Grande Lisboa, cujo PIB ‘per capita’ supera a média nacional em 70%, à semelhança do que acontecera em anos anteriores», acrescenta a mesma fonte.

A maior parte das sub-regiões do Interior verificam um PIB ‘per capita’ «inferior a 75% da média nacional, com excepção do Minho-Lima», um factor que abrange «a maior parte do Norte, grande parte do Centro e ainda a sub-região do Baixo Alentejo. No caso do Tâmega, o valor foi mesmo inferior a metade do valor nacional (49%)», segundo o INE.

Estes dados estão incluídos nos Anuários Estatísticos Regionais e Retrato Territorial de Portugal, hoje divulgados pelo INE e que abordam outros temas.

Menos 3,7% de alunos inscritos no ensino superior

No ano lectivo 2004/2005 registou-se uma queda de 3,7% do número de alunos inscritos no ensino superior em Portugal. «Esta quebra foi extensível a todas as regiões do Continente e Região Autónoma dos Açores e afectou com maior intensidade o ensino superior privado (que a nível nacional registou uma redução de 7,6% contra um decréscimo de 2,2% no ensino público)», segundo o estudo divulgado pelo INE.

No que diz respeito ao trabalho, metade da população entre os 55 e os 64 anos encontrava-se empregada. Abaixo da média nacional surge a Região Autónoma dos Açores, a região com menor taxa de actividade e de emprego; com valores superiores à média encontram-se as regiões do Centro e o Algarve.

Em 2004, 41% das famílias portuguesas detinham computador, uma «proporção que traduz um aumento face ao ano anterior, extensível a todas as regiões do país», refere o INE. Lisboa surgia como a região mais bem dotada a este nível com o computador a estar presente na vida de metade das famílias que aí residem.

A nível de ocupação do território nacional, mantém-se elevados índices de densidade populacional no Litoral do Continente, sobretudo de Viana do Castelo a Setúbal e no Litoral Algarvio.

«A evolução da distribuição da população na região Norte, entre 1981 e 2004 não só demonstra um reforço da litoralização na região como um aumento significativo da concentração da população», explica o INE.

Em relação a Lisboa, «registou-se entre 1981 e 2004 um ligeiro aumento da dispersão da população e, simultaneamente, um afastamento do concelho de Lisboa do centro populacional da região, resultante da dinâmica populacional no eixo poente Lisboa-Sintra, verificada nas últimas décadas».

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