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Lagarde pede que se aproveite recuperação económica para reformar

A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu hoje em Davos que se deve aproveitar a recuperação económica para iniciar reformas, evitando excessos de confiança.

6.ª Christine Lagarde (FMI)
Manteve a posição do rankingo do ano passado. A directora-geral do FMI é a sexta mulher mais poderosa a nível mundial, segundo a Forbes. O que acontece quando foi nomeada para segundo mandato à frente do Fundo Monetário Internacional. As várias crises económicas que tem de acudir mantêm-na presa ao topo.
Reuters
22 de Janeiro de 2018 às 18:05
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A economia mundial tem vindo a acelerar desde meados de 2016 e todos os sinais apontam para um fortalecimento em 2018 e 2019, indicou a directora-geral do FMI, sublinhando que ainda persistem incertezas significativas.

 

Segundo as previsões divulgadas hoje, o FMI espera que a economia mundial cresça 3,9% em 2018 e 2019, mais 0,2 pontos percentuais do que previra anteriormente.

 

"É quando o sol brilha que se deve reparar o telhado", declarou Lagarde, recorrendo a uma das suas metáforas favoritas, numa conferência de imprensa em Davos, onde decorre esta semana a reunião do Fórum Económico Mundial.

 

"Temos que nos sentir encorajados mas não satisfeitos", alertou, acrescentando que "ainda há muitas pessoas que ficaram afastadas da recuperação" económica, dado que um quinto dos países emergentes ou em vias de desenvolvimento viram o seu rendimento por habitante declinar em 2017.

 

Os decisores políticos devem, segundo o FMI, usar este período de acalmia económica para empreender reformas estruturais e orçamentais exigentes, que não podem ser lançadas em tempos mais difíceis.

 

Christine Lagarde pediu que sejam tomadas medidas que permitam assegurar um crescimento a um prazo ainda mais longo, reduzir o endividamento e investir em infraestruturas e em despesas sociais eficazes.

"O crescimento deve ser mais inclusivo", insistiu Lagarde.

 

A dirigente do FMI defendeu ainda que devem ser feitos esforços para formação da população activa, para criar novas oportunidades de emprego para os jovens e para integrar melhor as mulheres no mercado laboral.

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