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Juros da dívida portuguesa sobem ligeiramente antes de leilão

As taxas de juro exigidas pelos investidores para a compra de dívida estão a subir ligeiramente, momentos antes de mais um leilão de dívida de curto prazo. O IGCP vai tentar obter até mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro a dois meses.

18 de Maio de 2011 às 09:24
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As obrigações portuguesas estão a seguir a tendência das congéneres europeias neste início de sessão nos mercados de dívida. As taxas implícitas estão a subir ligeiramente mas mantém praticamente inalterado o “spread” face à Alemanha.

Segundo a Bloomberg, os investidores estão a exigir entre si uma taxa implícita de 10,5% para comprar dívida a dois anos e 9,06% na dívida a dez anos.

Enquanto não chega a primeira tranche da ajuda externa, agendada para Junho, o Ministério das Finanças continua a reforçar a tesouraria através da emissão de dívida nos prazos mais curtos possíveis. Portugal deve hoje pagar uma taxa a rondar os 4% por até mil milhões de euros em dívida a dois meses.

"Não esperamos grandes surpresas neste leilão", diz ao Negócios Chiara Cremonesi, uma estratega do UniCredit. "Portugal pagou 4,046% na última vez que utilizou esta linha que vence em Julho e, apesar de ela negociar agora com uma taxa de 4,55%, Portugal deve voltar a conseguir vender os títulos abaixo do preço do mercado", acrescenta.

A procura, no entanto, deve voltar a vir dos bancos nacionais, já que continua "muito limitada" a procura externa pela dívida de Portugal e dos outros países chamados "periféricos".

O IGCP tem mais dois leilões de dívida pré-agendados para o segundo trimestre, além do que vai ser realizado esta manhã. E os analistas acreditam que esses leilões serão realizados, apesar de a agência que gere o crédito público ter admitido alterações ao programa de financiamento.

"Apesar de estar a caminho a primeira tranche da ajuda externa, acredito que Portugal levará a cabo as emissões de bilhetes do Tesouro que estão pré-agendadas", diz Chiara Cremonesi. "É uma forma conveniente de angariar liquidez, e o IGCP tem-se mantido flexível na escolha dos prazos mais curtos", acrescenta.

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