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Juncker e Trump dão sinais de apaziguamento antes de cimeira EUA/UE

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o dos EUA, Donald Trump, deram hoje sinais de apaziguamento, antes do seu encontro na Casa Branca, sob fundo de tensão comercial.

Reuters
25 de Julho de 2018 às 21:03
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"Nós somos parceiros próximos, aliados, não inimigos", declarou Juncker, enquanto Trump disse esperar alguma coisa "muito positiva" do encontro".

 

Trump e Juncker vão discutir a crescente divergência de políticas comerciais, focada designadamente em tarifas alfandegárias já aplicadas pelos norte-americanos sobre as importações de aço e alumínio, e retaliadas pelos europeus.

 

Agora, em cima da mesa vai estar também a intenção de Trump de taxar os automóveis e sobresselentes europeus.

 

Os líderes europeus já avisaram que estão prontos para retaliar, com a aplicação de tarifas alfandegárias sobre importações provenientes dos EUA no montante de 20 mil milhões de dólares (17 mil milhões de euros).

 

Ao desenvolver o seu argumentário apaziguador, Juncker afirmou que Bruxelas e Washington devem trabalhar em conjunto. "Nós representamos metade do comércio mundial.

 

Os números da agência estatística da União Europeia (UE), o Eurostat, relativos a 2017, indicam que a UE exportou para os EUA 376 mil milhões de euros e importou 256 mil milhões de euros.

 

"Estou de acordo e se pudermos não ter taxas alfandegárias, nem barreiras, nem subvenções, os EUA ficariam extremamente satisfeitos", disse Trump, que não perdeu a oportunidade para insistir que o seu país tinha "perdido centenas de milhares de milhões de dólares com a União Europeia".

 

O ocupante da Casa Branca insistiu na sua posição, realçando: "Queremos apenas um terreno igual para os agricultores, os industriais, para toda a gente".

 

A UE é objecto, desde 1 de Junho, de taxas alfandegárias punitivas aplicadas pelos EUA, de 25% no caso das suas exportações de aço e 10% no das de alumínio, com o governo norte-americano a criticar os países europeus por não abrirem o seu mercado às mercadorias dos EUA.

 

Bruxelas respondeu àquelas taxas aplicando outras sobre as importações provenientes dos EUA. Mas Trump ameaça agravar o conflito com os europeus se estes não cederem às suas pretensões, impondo taxas alfandegárias sobre as viaturas oriundas da Europa, o que inquieta particularmente a Alemanha, onde este sector emprega cerca de 800 mil pessoas.

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