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Juncker critica demora na chegada de aviões para combater incêndios em Portugal
O presidente da Comissão Europeia expressou esta manhã solidariedade com Portugal e Espanha e diz que não é aceitável que os aviões de ajuda demorem três dias a chegar quando há um incêndio.
Jean-Claude Juncker abriu o debate na sessão plenária do Parlamento Europeu com os fogos que assolaram Portugal e Espanha, e mostrou-se insatisfeito com a demora resposta europeia. Numa intervenção em Estrasburgo, Juncker criticou a articulação de meios ao abrigo do mecanismo europeu de Protecção Civil. "Não é normal que, quando um incêndio se declara num domingo de manhã em Portugal, tenhamos de esperar até quarta-feira à noite para ver chegar o primeiro avião de ajuda europeu", afirmou.
"Temos de acelerar o processo", exigiu. Por isso, vêm aí mudanças. "Encarreguei o comissário [Christos] Stylianides", responsável pela Gestão de Crises e Ajuda Humanitária, "de reflectir no prazo de um mês, e em todo o caso até ao fim do ano, na remodelação e numa nova articulação dos nossos mecanismos de protecção civil que não estão a funcionar a cem por cento", declarou.
Até isso acontecer, a Comissão Europeia vai "activar, após verificar a sua aplicabilidade, todos os mecanismos do Fundo Europeu de Solidariedade para Portugal, Espanha e os três países bálticos" - Estónia, Letónia e Lituânia.
Juncker começou por "relembrar" o sentido de "solidariedade para com a tragédia que Portugal e Espanha acabaram de atravessar". "Estes terríveis incêndios chocaram-nos e interpelaram-nos, tal como as chuvas torrenciais que atingiram há alguns meses os três países bálticos".
"A solidariedade é uma virtude essencial da nossa União e quando um de nós se vê confrontado com dificuldades é evidente, necessário e elementar que a União Europeia venha em ajuda daqueles que sofrem", e essa resposta não pode demorar.
Na sua intervenção, Juncker apresentou as conclusões do Conselho Europeu do final da semana passada e também pediu ao Parlamento Europeu para "acelerar os trabalhos em matéria de migrações, nomeadamente sobre o regime comum de asilo".