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Julgamento de Berlusconi adiado por razões de saúde

O julgamento do ex-chefe do Governo italiano Silvio Berlusconi no caso de venda de direitos cinematográficos do grupo Mediaset foi hoje adiado novamente, desta vez por razões de saúde do magnata da comunicação social.

27 de Novembro de 2006 às 13:58
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O julgamento do ex-chefe do Governo italiano Silvio Berlusconi no caso de venda de direitos cinematográficos do grupo Mediaset foi hoje adiado novamente, desta vez por razões de saúde do magnata da comunicação social.

Este é o segundo adiamento do julgamento depois de a 21 de Novembro os advogados de Berlusconi terem pedido o afastamento do presidente do tribunal que o deve julgar, Edoardo D"Avossa, alegando que já fez parte de outros processos contra o empresário.

O adiamento de hoje deveu-se a razões de saúde dado que Berlusconi desmaiou domingo enquanto pronunciava um discurso num congresso organizado pelo Círculo de Jovens de Montecatini, perto de Florença.

Os médicos recomendaram a Berlusconi que ficasse um dia em observação no hospital.

Os juízes da primeira secção penal do tribunal de Milão deram hoje provimento ao pedido dos advogados de Berlusconi para que o julgamento fosse adiado e marcaram a primeira sessão para a próxima sexta-feira.

"Dadas as notícias da imprensa e da televisão, que mostram de forma evidente a necessidade do adiamento, o julgamento fica marcado para a próxima sexta-feira", afirmou o juiz D"Avossa.

O juiz referia-se às imagens transmitidas na televisão e que mostraram Berlusconi a desmaiar e a ser amparado pelos seus seguranças.

Berlusconi vai começar a ser julgado, juntamente com outras 10 pessoas, por alegadas irregularidades na venda de direitos cinematográficos do grupo Mediaset.

Neste julgamento, Berlusconi, o proprietário da Mediaset, Fedele Confaloniere, e outros nove indivíduos são acusados de fraude fiscal e apropriação indevida das operações de compra e venda de direitos de transmissão de filmes norte-americanos.

Segundo o Ministério Público italiano, os 11 indivíduos terão desviado para o estrangeiro 208 milhões de euros e fugido ao fisco em 170 milhões de euros.

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