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Jardim está mais "pessimista" que Passos Coelho quanto à recuperação económica

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, declarou-se esta quarta-feira mais "pessimista" que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quanto à recuperação económica do país e afirmou que estava à espera de indicadores piores.

15 de Agosto de 2012 às 15:06
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"Eu sou, talvez, um pouco mais pessimista do que ele", afirmou Alberto João Jardim, no Monte, Funchal, depois de participar nas celebrações religiosas em honra da padroeira da Madeira, reiterando que "estas políticas que são impostas a Portugal -- não depende dele -- estão erradas".

O primeiro-ministro afirmou na terça-feira que, apesar de a recessão de 2012 estar a ser mais grave do que o esperado, 2013 será um ano de "inversão" e de "preparação da recuperação" económica.

"Queremos construir uma sociedade mais próspera, mais desenvolvida", afirmou o primeiro-ministro, na festa do Pontal, no Algarve, com que os sociais-democratas marcam habitualmente a sua 'rentrée' política, apontando 2013 como "um ano de inversão na situação da actividade económica em Portugal".

O chefe do executivo insular considerou que o também líder do PSD, Pedro Passos Coelho, "falou verdade".

"Ele pensa que vai ser assim e eu estou a duvidar é sob o ponto de vista científico", declarou, exemplificando: "Fez-se uma previsão de impostos que muitos de nós dissemos que essa previsão era impossível de alcançar porque está nos livros que os aumentos de impostos, a partir de uma certa escala, reduzem a receita pública".

Alberto João Jardim, presidente do PSD-Madeira, acrescentou que Passos Coelho "está convicto daquilo que está dizendo".

"O que eu digo é que os mecanismos utilizados pela estratégia financeira estão errados", sustentou.

Questionado sobre a diminuição de 3,3 por cento do Produto Interno Bruto no segundo trimestre relativamente ao mesmo período do ano anterior, o governante admitiu que "estava até à espera de pior".

"Todos sabem que eu não concordo com esta política, não concordo na medida em que ela está a dar prioridade às instituições financeiras e ao equilíbrio orçamental e eu defendo mais emissão de moeda por parte do Banco Europeu, mais moeda a circular, pagando o risco de uma inflação mas controlada, e criando-se mais emprego e havendo dinheiro para mexer com a economia".

Para Alberto João Jardim, "há aqui duas concepções económicas que se digladiam e, infelizmente, a concepção dominante é a errada".
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