Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Investimento empresarial deverá ter caído em 2004

O investimento empresarial realizado em 2004 deverá ter registado uma variação negativa de 0,6%, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística com base no Inquérito de Conjuntura ao Investimento realizado em Outubro do ano passado.

31 de Janeiro de 2005 às 11:44
  • ...

O investimento empresarial realizado em 2004 deverá ter registado uma variação negativa de 0,6%, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística com base no Inquérito de Conjuntura ao Investimento realizado em Outubro do ano passado.

A quebra registada assume particular relevância quando se verifica que o inquérito que havia sido realizado pelo Instituto, em Abril/Junho, indicava que o investimento em 2004 poderia aumentar 5,6%.

Assim, segundo o inquérito divulgado hoje, as perspectivas para 2005 ficam, desde logo, «ameaçadas» por uma eventual revisão em baixa. Ainda assim, o resultado dos inquéritos realizados pelo INE aponta para que este ano o investimento empresarial cresça 6,2% face a 2004.

«Os resultados do Inquérito ao Investimento de Outubro de 2004 revelam uma deterioração das intenções de investimento para 2004, face ao previsto no primeiro semestre do mesmo ano», diz um comunicado do INE.

As estimativas apontam para que em 2004 ocorra uma quebra da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) empresarial de 0,6%, uma taxa que representa uma revisão negativa face aos resultados do Inquérito de Abril/Julho de 2004 (5,6%).

Quanto ao investimento previsto para 2005, a primeira estimativa agora recolhida indicia um aumento do investimento na ordem dos 6,2% face ao valor apurado para 2004», lê-se no destaque divulgado pelo Instituto.

Apesar dos dados negativos referentes ao investimento empresarial realizado em 2004, o INE sublinha que, «em todo o caso, interrompeu-se a tendência de

agravamento da quebra do valor do investimento que se registava desde 2000 (o último valor para 2004 será recolhido no próximo inquérito), mas de forma menos expressiva do que os números do primeiro semestre de 2004 faziam prever».

Desagregando os valores de 2004 pelas suas várias componentes, verifica-se que a quebra registada se ficou a dever à generalidade dos sectores de actividade económica.

De facto, em sete das nove actividades analisadas registou-se um decréscimo em relação às perspectivas de investimento: «as maiores quebras sectoriais, ocorreram no Comércio (-20,5%), na Construção (-20,3%), nas Actividades Financeiras (-18,9%) e na Indústria Extractiva (-12,7%)», sublinha o INE.

Adianta que, «comparando os resultados de Abril de 2004 e Outubro de 2004, verifica-se que, além do reforço das quebras em sectores como a Construção (cerca de 3,0 p.p.) e a Indústria Transformadora (a quebra de 7,1% em Abril foi revista para 9,7% no inquérito de Outubro), contribuíram significativamente para a deterioração do indicador global as revisões nas estimativas nos sectores de Alojamento e Restauração e de Actividades Financeiras. Em ambos os casos, passou-se de uma previsão de aumento no investimento de 2004 para uma perspectiva de quebra significativa, no corrente inquérito».

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio