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Investimento bilateral leva Portugal e Brasil a cooperarem (act.)

Portugal e o Brasil criaram um grupo de trabalho informal ao nível de duas secretarias de Estado para tentar resolver problemas das empresas dos dois países nos seus investimentos bilaterais, anunciou Graça Proença de Carvalho, secretária de Estado da Ind

Negócios 17 de Novembro de 2004 às 13:05

Portugal e o Brasil criaram um grupo de trabalho informal ao nível de duas secretarias de Estado para tentar resolver problemas das empresas dos dois países nos seus investimentos bilaterais, anunciou Graça Proença de Carvalho, secretária de Estado da Indústria e Comercio.

Graça Proença de Carvalho, que falava durante o Fórum Brasil, que se realiza em Lisboa, explicou que o grupo de trabalho é co-presidido por si e pelo seu homólogo Márcio Almeida, secretário de Estado do Comércio Exterior do Brasil. A primeira reunião decorreu em Outubro último e os encontros terão lugar uma vez cada mês e meio.

«O grupo de trabalho pretende analisar e resolver problemas nos respectivos mercados», disse Graça Proença de Carvalho salientou a revitalização também do Conselho Empresarial como instrumento de reforço das relações bilaterais entre os dois países.

Graça Proença de Carvalho, à margem do Fórum Brasil, especificou três ou quatro exemplos de problemas que já chegaram ao grupo de trabalho. Um deles teve como centro a EDP, que viu o regulador a impor a descida das tarifas no Brasil e que pretendia retroactividade nessa descida. O problema foi levantado na reunião de Outubro e, segundo Graça Proença de Carvalho, conseguiu-se que não houvesse retroactividade.

Outra questão que tem estado a ser analisada é a profusão de marcas no Brasil de azeites adulterados e que utilizam nomes portugueses. O Brasil não é produtor de azeite e Portugal é um dos principais países importadores deste produto para aquele mercado da América Latina.

Outro problema são ainda os requisitos necessários para importação de carne bovina para o Brasil, cujo processo é burocrático e complexo e «não conseguimos introduzir os nosso produtos», salientou a secretária de Estado. O caso da CCR, participada da Brisa, também já chegou ao grupo de trabalho, embora não seja um problema Federal, mas antes estadual.

Este grupo de trabalho só existe para o caso brasileiro, tendo por base uma ideia do antigo embaixador de Portugal no Brasil, António Franco, e que pretende resolver dificuldades «que às vezes são de pormenor», disse Graça Proença de Carvalho.

A secretária de Estado, questionada sobre os investimentos directos brasileiros em Portugal que estão na calha, como o da CSN e o da Cobra, disse apenas que «pelo que conheço estão bem encaminhados e continua a haver o interesse».

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