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Investidores acreditam que o capitalismo está em crise

As opiniões dos investidores internacionais não são muito diferentes da perspectiva das pessoas que levaram a cabo os protestos em que ocuparam Wall Street e o centro de capitais na Europa, como Madrid e Lisboa.

25 de Janeiro de 2012 às 12:50
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Num inquérito feito pela Bloomberg através dos seus terminais financeiros, 70% dos respondentes disseram que o capitalismo está em crise e cerca de um terço dos participantes disse apoiar ajustes radicais ao sistema.

A percentagem de pessoas que disseram acreditar que os problemas na Europa vão provocar instabilidade social em 2012 foi de 70%, referindo-se a protestos e outras demonstrações de instabilidade social.

"O capitalismo está em crise porque existe uma enorme e crescente disparidade na distribuição de riqueza e de rendimento nas economias ocidentais e uma divisão igual na provocada por disparidades geracionais", disse o responsável por estratégia da corretora FXPro Financial Services em Londres, Michael Derks, citado pela Bloomberg.

As diferenças "exigem intervenção do Governo a uma enorme escala, poque uma economia não pode sobreviver se não investir na sua geração mais nova", disse Michael Derks.

Entre os participantes na sondagem, 32% acredita que é necessário um "reajuste radical das regras e regulações", enquanto os restantes 38% acredita que a turbulência se vai dissipar sozinha.

EUA vêem sistema capitalista com melhores olhos

O estudo da Bloomberg também conclui que os norte-americanos, no geral, são mais benevolentes em relação ao sistema capitalista do que o resto dos participantes no inquérito e opõem-se de forma mais frontal à intervenção do Governo para corrigir as desigualdades na distribuição de riqueza.

Entre os 459 investidores que responderam apenas um em cada cinco acredita que o sistema capitalista precisa de ser reformado e metade das pessoas acredita que a intervenção do Governo para corrigir desigualdades seria inapropriada. Uma proporção que compara com três em quatro na Europa e quatro em cinco na Ásia, que acreditam que o Estado pode desempenhar um papel na redistribuição de riqueza.

Ainda assim, o co-fundador do Carlyle Group e membro do Conselho para as Relações Internacionais do Governo norte-americano, David Rubenstein, disse que o modelo de "capitalismo de Estado" da China vai prevalecer sobre o modelo das economias da Europa Ocidental e norte-americanas, se nada for feito para se ultrapassar a actual crise.
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