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Internet chega a 26% das famílias portuguesas
Um total de 41% dos agregados domésticos portugueses possuíam computador e 26% tinham acesso à Internet a partir de casa no primeiro trimestre deste ano, segundo resultados de um Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas F
Um total de 41% dos agregados domésticos portugueses possuíam computador e 26% tinham acesso à Internet a partir de casa no primeiro trimestre deste ano, segundo resultados de um Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, hoje divulgado pelo INE.
Segundo o inquérito realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em colaboração com a Unidade de Missão e Conhecimento (UMIC), 37% dos indivíduos com idade entre os 16 e os 74 anos utilizaram computador e 30% acederam à Internet no mesmo período.
Nos últimos três anos aumentou a posse de Tecnologias de Informação e da Comunicação (TIC) nos agregados domésticos portugueses, adianta o INE acrescentando que em 2004, 41% dispõem de computador e 26% de acesso à Internet a partir de casa (27% e 15%, respectivamente, em 2002). Entre 2002 e 2004 registou-se um crescimento médio anual de 25% no que respeita ao computador e de 33% no que se refere à Internet.
A mesma fonte sublinha que o computador constitui o meio privilegiado de acesso à Internet, já que 90% dos agregados com ligação a esta tecnologia referem aceder à mesma através do computador e 21% pelo telemóvel.
Em relação ao tipo de ligação o modem (linha telefónica analógica) é utilizado por 52% dos que têm acesso à Internet em casa, enquanto 33% destes optam por outra ligação por banda larga (ex.ligação por cabo) e 15% por DSL.
A análise destas tecnologias por NUTS II evidencia que Lisboa tem níveis acima da média nacional: 50% dos agregados domésticos desta região possuem computador e 33% podem aceder à Internet a partir de casa.
Preço e falta de habilitações são principais factores para os que não utilizam Internet
Os principais factores para que os agregados domésticos não tenham acesso à Internet são o desinteresse o preço e a falta de habilitações para utilizar esta tecnologia, explica o INE revelando que dos indivíduos que não têm acesso à Internet em casa, 63% afirmam não querer ou não ter interesse na tecnologia, 56% e 54%, respectivamente, salientam o elevado custo do equipamento e do acesso e 53% afirmam não saber utilizar a Internet. Os problemas com línguas estrangeiras são apontados por 34% daqueles indivíduos.
A frequência de utilização das TIC é essencialmente diária, com 69% dos utilizadores de computador a usar esta tecnologia pelo menos uma vez por dia e 21% pelo menos uma vez por semana. Dos utilizadores de Internet, 53% têm hábitos diários de consulta da rede e 32% acedem à Internet semanalmente. No período de referência considerado, 38% dos que acederam à Internet afirmam ter navegado na rede até cinco horas e 20% mais de 10 horas.
O INE revela também que casa e local de trabalho são os locais mais comuns de uso das TIC. Dos indivíduos que utilizam computador, 70% fazem uso desta tecnologia em casa e 54% no local de trabalho.
Homens utilizam mais do que as mulheres
A proporção de homens que utiliza qualquer destas tecnologias é superior à de mulheres, com 40% dos homens a afirmarem ter utilizado computador para 34% das mulheres e 32% para 27%, respectivamente, navegaram na Internet.
A utilização de computador e de Internet varia na razão directa do nível de instrução, revela a mesma fonte explicando que entre os indivíduos que possuem ensino superior a proporção de utilizadores de computador e de Internet é de 92% e de 84%, respectivamente, para 22% e 15% dos que têm um nível de escolaridade até ao 3.º ciclo.
Os mais novos são os que mais utilizam as TIC com indivíduos de 16 aos 24 anos a atingirem níveis de uso de computador e Internet na ordem dos 73% e 64%, contra 9% dos indivíduos com 55 e mais anos. Para além disso, a quase totalidade dos estudantes (96%) utiliza computadores e 91% Internet, cerca de metade dos empregados (44%) utiliza computador e cerca de um terço acede à Internet (34%).