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Eurostat confirma inflação negativa na Zona Euro

O Eurostat confirmou esta quinta-feira o recuo dos preços na Zona Euro em Fevereiro. A leitura final, penalizada pelos preços da energia, chega uma semana depois de o BCE ter reforçado a "artilharia" de estímulos.

Reuters
17 de Março de 2016 às 10:11
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O gabinete estatístico da União Europeia confirmou esta quinta-feira, 17 de Março, o recuo dos preços na Zona Euro em Fevereiro. A leitura final foi de -0,2%, coincidindo com a primeira estimativa da taxa de inflação anual avançada pelo Eurostat em 29 de Fevereiro e significando um recuo face à variação positiva de Janeiro (de 0,3%). 

O maior contributo para o desempenho negativo dos preços voltou a ter origem nos bens energéticos, nomeadamente nos combustíveis para transporte (-0,49 pontos percentuais), óleos de aquecimento e gás. Os reforços verificados nos preços da restauração (com um contributo positivo de 0,13 pontos per centuais para a taxa), rendas e fruta mostraram-se insuficientes para levar a taxa a valores positivos.

O comportamento na União Europeia foi semelhante - passando igualmente de uma evolução positiva de 0,3% em Janeiro para uma queda de 0,2% em Fevereiro - com 13 dos 28 países da União Europeia a registarem variações positivas. É o caso de Portugal, onde a taxa de inflação anual foi de 0,2%, constituindo o sexto mês consecutivo de variação positiva.


Os maiores crescimentos de preços tiveram lugar na Bélgica (1,1%), na Áustria e em Malta (ambas com crescimento de 1%), ao passo que Chipre (-2,2%), Roménia e Bulgária fecharam Fevereiro com as taxas mais negativas.

A confirmação do Eurostat do regresso da inflação a valores negativos (após quatro meses em que os preços variaram acima da linha de água) chega uma semana depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter reforçado a sua "artilharia" de estímulos face à fraqueza da evolução dos preços, longe do objectivo para que está mandatado - levar a inflação para valores próximos mas abaixo dos 2%.

Essa meta só deverá agora começar a ser atingida em 2018, quando a inflação chegar - como prevê a autoridade monetária - aos 1,6%. As previsões de Frankfurt para a evolução dos preços, mesmo com medidas de estímulo, colocam 2016 ainda com inflação reduzida, abaixo de 1%, sendo este o terceiro ano em que tal acontece.

Dados os sinais de fraqueza na recuperação económica do bloco do euro, a debilidade dos preços e os riscos internacionais de abrandamento, o BCE reforçou na semana passada a programa de compra de activos em mais 20 mil milhões de euros por mês e cortando as taxas de juro de referência (0% no caso de novos empréstimos regulares e tornando ainda mais negativa a que remunera os depósitos junto do BCE).


(notícia actualizada às 10:31 com mais informação)

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