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INE: Negócios na indústria caíram antes da pandemia em Portugal
Apesar de em fevereiro a epidemia de coronavírus, que já estava mais ativa na Europa, poder ter alguma influência nos números da indústria, conta-se que o impacto seja substancialmente maior em março.
O Índice de Volume de Negócios na Indústria mostrou uma quebra em fevereiro, colocando-se 2% abaixo do registado no ano anterior. Esta evolução negativa aconteceu no mês que antecedeu o surgimento do surto de coronavírus no país.
"Embora a informação deste destaque possa já traduzir em certa medida a situação atual determinada pela pandemia Covid19, é de esperar que as tendências aqui analisadas se alterem substancialmente nas próximas divulgações", alerta o Instituto Nacional de Estatística (INE), no boletim dos Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria.
No mês anterior registou-se um crescimento do volume de negócios em 0,6% pelo que, entre janeiro e fevereiro, houve um declínio de 2,6 pontos percentuais. A quebra no índice em fevereiro reflete variações negativas tanto no mercado nacional como no mercado externo, nos quais reduziu 2,1% e 1,9%, respetivamente.
Os bens intermédios foram aqueles que "deram o contributo negativo mais expressivo", de acordo com o INE, ao deslizaram 4%. A seguir, destacou-se nas quebras a energia, que reduziu 3,1% em fevereiro contra a subida de 6,9% em janeiro. Os bens de investimento reforçaram em 1,2% a descida que já tinham verificado em janeiro e, por fim, os bens de consumo abrandaram 2,9 pontos percentuais para 0,4%.
Emprego também quebra, remunerações sobem
Os índices de emprego e de horas trabalhadas diminuíram, em termos homólogos, 0,6% e 0,9% em fevereiro (reduções de 0,7% e 1,5% no mês anterior), respetivamente, enquanto o índice de remunerações registou um aumento de 3,4% (4,0% em janeiro).