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Vendas do retalho caem mais de 5% em março na primeira quebra em pelo menos um ano
A influenciar o índice estiveram desempenhos totalmente distintos entre categorias de produtos, com os bens não alimentares a precipitarem a derrocada.
As vendas do setor do retalho registaram uma queda abrupta, de 5,6%, no mês de março, regista o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A descida contrasta com a subida acentuada que se havia verificado em fevereiro, de 8,9% e o declínio de março é o primeiro desde, pelo menos, o mesmo mês em 2019, data a que recuam os dados partilhados pelo INE no boletim do Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas no Comércio a Retalho, publicado esta quarta-feira, 29 de abril.
A influenciar o índice estiveram dois "desempenhos totalmente distintos", aponta o gabinete de estatística. Na categoria de produtos alimentares o registo foi positivo e até acima do de fevereiro, passando de um aumento de 8,9% para um de 9%. Contudo, os produtos não alimentares precipitaram a derrocada, com uma variação de -16,8% em março, quando em fevereiro havia sido registado um aumento de 8,9%.
A queda de março não foi suficiente para arrastar o balanço do primeiro trimestre para terreno negativo, mas as vendas dos primeiros três meses subiram apenas 2,5%, abaixo dos 3,5% do trimestre imediatamente anterior. O ano de 2020, entre janeiro e março, teve o desempenho trimestral mais fraco desde, pelo menos, o primeiro trimestre de 2018.
No que toca ao emprego e salários no comércio a retalho, a tendência foi ascendente comparativamente ao ano anterior, com variações de 2,7% e 8,1% em março, nos índices de emprego e de remunerações, respetivamente. Já comparando com fevereiro, os índices de emprego e de remunerações diminuíram 0,4% e 3,5%.