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IL diz que Marcelo partilha "preocupação" com "pouca estratégia e ambição" do OE2022

À saída do Palácio de Belém, João Cotrim Figueiredo disse que o Presidente da República confidenciou que "os temas estruturais e estratégicos do país não estão a ter reflexo pleno nas escolhas orçamentais" do Governo.

Lusa
15 de Outubro de 2021 às 16:00
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O Iniciativa Liberal (IL) referiu esta sexta-feira que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confidenciou que partilha da "preocupação" dos liberais quanto à "pouca estratégia e ambição" da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2022) e a prevalência de "aspetos conjunturais".

"O senhor Presidente da República partilhou connosco que sente que, há mais tempo, que os temas estruturais e estratégicos do país não estão a ter reflexo pleno nas escolhas orçamentais que são feitas ano após ano", disse o presidente e deputado único do IL, João Cotrim Figueiredo, à saída da reunião com o Presidente da República sobre o OE2022.

Essa leitura é também a que o IL faz dos orçamentos que têm sido apresentados pelo Governo liderado por António Costa: "há demasiada negociação dos aspetos conjunturais e pouca estratégia e ambição".

João Cotrim Figueiredo, que já tinha anunciado que irá votar contra o OE2022 na generalidade, defendeu que esse foco "excessivo" em questões de conjuntura não deveria marcar um orçamento como o de 2022, que "dispõe como nunca de fundos europeus", da suspensão dos limites da dívida e défice, e de taxas de juro "anormalmente baixas". 

"Dispondo de tudo isso ainda não consegue pôr o país a crescer porque, ao contrário do que diz o ministro das Finanças, se olharmos para os anos de 2023, 2024 e 2025 o país não vai convergir com os países da Europa e vamos continuar a olhar para as décadas que vão passando como décadas perdidas", referiu. 

João Cotrim Figueiredo insistiu ainda que o Governo não deve arriscar desperdiçar a "oportunidade" de recuperação económica pós-pandemia com recurso aos fundos europeus, seja por "más políticas públicas ou por um contexto político em que os partidos privilegiem a conjuntura em detrimento da estratégia".
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