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Houve mais 24 mil mortes do que nascimentos em 2017

A confirmarem-se os dados provisórios citados pelo Público, a diferença entre o número de óbitos e de nascimentos no país terá sido a maior desde o início do século. Foi o nono ano consecutivo de perda de população.

Bruno Simão/Negócios
22 de Janeiro de 2018 às 12:10
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Em 2017, o saldo natural em termos populacionais pode ter sido o mais elevado desde o início do século, com a diferença entre mortes e nascimentos no país a superar os 24 mil, segundo a contabilização feita pelo jornal Público.

 

Este valor, que ainda é provisório por resultar de dados que podem conter algumas duplicações, foi obtido a partir dos 86.180 rastreios ("teste do pezinho") feitos à nascença pelo Instituto Ricardo Jorge e, por outro lado, dos 110.197 certificados de óbitos registados no sistema informático da Direcção-Geral da Saúde.

 

Certo é que o ano que terminou foi o nono consecutivo de diminuição da população portuguesa, com Jorge Malheiros, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, a estimar ao mesmo jornal que era preciso que o ritmo de entradas de imigrantes ou de regresso de emigrantes fosse "da ordem das dezenas ou centenas de milhares por ano" para que houvesse um rejuvenescimento da população.

 

"É uma tendência de declínio que se vem agravando de ano para ano. Temos menos nascimentos e, mesmo que haja oscilações [o número de nascimentos em Portugal até aumentou em 2015 e 2016], nunca conseguiremos recuperar os números de há alguns anos", resumiu ao mesmo jornal a presidente da Associação Portuguesa de Demografia, Maria Filomena Mendes.

 

Em 2016, pela primeira vez desde o final dos anos 90, Portugal teve dois anos consecutivos de aumento do número nados-vivos: foram 87.126 nascimentos, o que comparou com 85.500 em 2015. O índice de fecundidade ascendeu a 1,36 filhos por mulher, o que representou o terceiro ano consecutivo de recuperação e o valor mais elevado desde 2010. Porém, para assegurar a substituição das gerações seria necessário um mínimo de 2,1 filhos por mulher, um valor que Portugal não atinge desde o início dos anos 80.

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