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Governo promete alargar desconto no gasóleo profissional a todo o país
Numa primeira fase o Governo vai testar o modelo de descontos em quatro zonas fronteiriças, onde os preço do gasóleo será igual ao praticado em Espanha.
O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, depois de uma reunião esta segunda-feira, 16 de Maio, com os representantes dos transportes de mercadorias, ANTRAM e ANTP, anunciou que está já em análise uma proposta de diploma para apresentar à Assembleia de Republica, a que tornará extensível a todos o país, a partir de 2017, um regime especial de gasóleo profissional.
Para já, esse regime avançará ainda em modo de regime piloto a partir de Julho em quatro zonas de fronteiras, na qual este modelo será testado. As zonas serão Quintanilha (Bragança), Vilar Formoso (Guarda), Caia (Elvas) e Vila Verde de Ficalho (Beja).
Este tipo de gasóleo profissional permitirá a fixação de um preço cuja carga fiscal será idêntica à praticada em Espanha e com ele o Governo espera que os camionistas voltem a reabastecer em Portugal. Em Portugal o preço do gasóleo ronda os 1,312 euros, enquanto em Espanha se situa em 1,042 euros
Na reunião anterior entre as partes, que havia ocorrido em finais de Abril, o que estava em cima da mesa para aplicação deste modelo eram apenas três zonas de fronteiras, não identificadas.
Além do gasóleo profissional, os transportes pesados de mercadorias têm ainda a promessa de vir a beneficiar de uma redução nas portagens nas ex-Scut, superior à dos restantes veículos.
No final do encontro, citados pela agência Lusa, Pedro Polónio, da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), considerou que "o alargamento de três para quatro [postos fronteiriços] é uma mais-valia, irá permitir abranger não só mais empresas, mas também mais empresas de transportes".
Já Márcio Lopes, da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), manifestou-se confiante que será possível alargar estes postos de abastecimento a todo o território no próximo ano, conforme disse o membro do executivo, mas assinalou que cabe aos empresários decidir se pretendem ter este regime, ou não.
"Eu acredito que vamos conseguir, mas também depende muito dos empresários. Grande parte do apoio vem dos empresários" e são eles que que "têm de mostrar se é aquilo que querem ou não", disse.