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Governo prevê arrecadar este ano menos 55 milhões em cobranças coercivas
O Governo prevê arrecadar este ano menos 55 milhões de euros de cobranças coercivas do que no ano passado, segundo o QUAR - Quadro de Avaliação e Responsabilização, a que a Lusa teve acesso.
09 de Maio de 2012 às 17:11
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A crise, marcada pela redução da actividade empresarial, o encerramento das empresas e o aumento do desemprego, são alguns dos motivos que podem justificar metas de cobrança coercivas menos ambiciosas este ano.
A instauração da dívida mede o volume de impostos apurados que os contribuintes portugueses não pagaram nos prazos legais e é um instrumento que permite medir a eficácia da administração fiscal na dissuasão do incumprimento do dever de pagamento de impostos.
No QUAR, o Governo fixa ainda como meta para este ano quase menos 300 milhões de correcções de impostos resultantes das inspecções do fisco, ao estabelecer uma meta de 1.450 milhões de euros quando em 2011 as correcções efectuadas aos contribuintes totalizaram 1.748,7 milhões de euros e no ano anterior 2.049,0 milhões de euros.
As declarações de IRS entregues por via electrónica também devem diminuir este ano, em relação aos anos anterior, segundo as metas traçadas naquele documento onde se prevê que estas representem apenas 82,5% do total de declarações daquele imposto, quando em 2011 tinham representado 82,9%.
Também o prazo médio de resposta aos pedidos de informação vinculativa endereçados pelos contribuintes ao fisco deve este ano ser reduzido em cinco dias, segundo o QUAR que estabelece uma meta de 75 dias, quando em 2011 tinha sido de 80,3 dias e no ano anterior 78,9 dias.