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Governo mantém previsão prudente para a economia
O Ministério das Finanças decidiu não fazer qualquer revisão em alta das previsões para o próximo ano, mantendo assim a taxa de crescimento económico em 1,8%, exactamente igual à projecção inscrita do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) entregue
O Ministério das Finanças decidiu não fazer qualquer revisão em alta das previsões para o próximo ano, mantendo assim a taxa de crescimento económico em 1,8%, exactamente igual à projecção inscrita do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) entregue em Bruxelas.
Já para o ano em curso, o PIB regista uma taxa de crescimento de 1,4%, portanto superior ao cenário do Orçamento de Estado para 2006 (que era de 1.1%) e à mais recente estimativa divulgada pelo Banco de Portugal (1,2%).
Este exercício de prudência está em linha com os pressupostos do cenário macroeconómico a nível europeu, explicou ao Jornal de Negócios Online fonte oficial das Finanças, que incorporam uma desaceleração da economia dos Estados Unidos e, fruto da política fiscal anunciada pela chanceler federal Merkel, um certo abrandamento da procura interna da Alemanha.
A revisão avançada pelo Governo de José Sócrates para este ano já era esperada e segue as revisões de diversas organizações internacionais. O próprio governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio, afirmou em meados de Setembro que estaria em condições de voltar a subir, em Novembro, as estimativas de crescimento da economia portuguesa para este ano
Em Setembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta a previsão de crescimento para a economia portuguesa de 0,8% para 1,2% e mostrou-se mais optimista quanto ao crescimento das principais economias do mundo, esperando, no entanto, um abrandamento em 2007.
A conjuntura internacional explica que o FMI tenha mantido a previsão de crescimento de 1,5% para Portugal em 2007 – metade do crescimento espanhol, mas superior ao alemão.