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Governo e Bloco distantes no IRS e sem proposta nas progressões no Estado

Após a reunião que juntou Governo e Bloco de Esquerda, mantinham-se as divergências de fundo sobre a redução do IRS. Quanto às progressões dos trabalhadores do Estado, o Governo ainda não tem pronta a sua proposta.

29 de Agosto de 2017 às 21:08
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O Governo e o Bloco de Esquerda estiveram esta tarde reunidos para retomar as negociações sobre o Orçamento do Estado para 2018, mas segundo apurou o Negócios os desenvolvimentos foram parcos. 

No que toca aos escalões do IRS, as discordâncias mantêm-se. A proposta do Governo continua muito distante do que é pedido pelos bloquistas, que reclamam o desdobramento do terceiro escalão de modo a beneficiar mais famílias. Já o Governo insiste que não pode ir muito além dos 200 milhões de euros inicialmente propostos. 

Em entrevista à Lusa, publicada esta terça-feira à noite, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais fala em 3,6 milhões de agregados beneficiados com a redução do IRS. Porém, Pedro Nuno Santos não adianta detalhes que permitam perceber como são beneficados estes contribuintes. 

"Haverá um alívio fiscal para os trabalhadores e estamos a falar de 3,6 milhões de agregados que serão beneficiados com este alívio fiscal, estamos a falar de alguma coisa com significado. Agora tem de ser feito com a necessária responsabilidade que proteja e defenda o próprio orçamento e a medida", revelou Pedro Nuno Santos em entrevista à agência Lusa, que apenas será divulgada na íntegra nesta quarta-feira.

Quanto ao descongelamento das carreiras, uma das grandes bandeiras do Orçamento do Estado para 2018, a discussão ainda está muito atrasada. Tal como o Negócios escreveu na edição desta terça-feira, o Governo já tem um levantamento das situações no Estado mas ainda não dispõe de uma proposta concreta. A intenção é proceder a um descongelamento gradual de modo ao longo de vários anos, mas o Governo ainda não terá decidido como fará esse gradualismo: fazendo progredir todos os funcionários gradualmente ou fazendo progredir uns mais depressa do que outros. Certo é que será tido em conta os casos das carreiras que tiveram algum tipo de actualização no passado, segundo adiantou o primeiro-ministro em entrevista ao Expresso. 

Para a semana haverá nova reunião entre o Governo e o Bloco, onde o Ministério das Finanças deverá estar representado. Espera-se que aí já haja desenvolvimentos mais concretos sobre a proposta do Governo.
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