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Genéricos vão custar menos 20% a partir de Maio

É mais uma baixa no preço dos medicamentos, depois de os de marca já se terem reduzido cerca de 4%. Nos últimos quatro anos, o preço médio dos genéricos caiu para menos de metade.

26 de Abril de 2012 às 00:01
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A partir do dia 1 de Maio os genéricos voltam a sofrer uma quebra nos preços. Em média, ficarão 20% mais baratos, por via da revisão anual. Esta é mais uma baixa que acresce a todas as que têm vindo a ocorrer nos últimos anos.

"Com a descida de Maio [os genéricos] passarão a ser vendidos a um terço do preço do que eram vendidos em 2008", disse ao Negócios Paulo Lilaia, presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, que antecipa uma quebra média de 20% nos preços, por causa da revisão anual que obriga os genéricos a ajustarem os seus preços, por baixo, aos dos medicamentos de marca, que, por sua vez, caíram cerca de 4% neste mês de Abril.

A esta redução seguir-se-á outra em Julho. Desde meados de 2010 que é revista, a cada três meses, a lista dos cinco remédios mais baratos de cada grupo homogéneo (conjunto de medicamentos com a mesma substância activa), os únicos que são comparticipados a 95% aos idosos mais pobres. Esta medida tem levado as empresas a baixarem os preços na tentativa de constarem dessa lista de remédios mais vendidos. "É a verdadeira guerra de preços e há empresas que podem manipular o mercado, baixando muito o preço de um medicamento que para elas não faz diferença porque já não é dos que mais vendem", explica Paulo Lilaia.

Preço médio caiu mais de 50% em quatro anos

Esta é, de resto, a medida que mais tem originado a quebra do custo dos genéricos de tal forma que o preço médio caiu, no mês de Janeiro, para os 8,51 euros, menos 42% do que em Janeiro de 2010 e para menos de metade do que o registado em Janeiro de 2008. Por exemplo, o preço médio do omeprazol (para problemas de estômago) passou de 30,78 euros em Janeiro de 2010 para 13,59 em 2011 e 7,67 em Janeiro de 2012.

Além destas medidas, os novos genéricos, para obterem comparticipação do Estado, têm de obedecer a regras: o quinto medicamento do mesmo grupo homogéneo tem de ser 5% mais barato que o anterior. E o primeiro genérico a entrar no mercado, com preço superior a 10 euros, tem de ser 50% mais barato que o de marca. Até Dezembro passado bastava ser 35% mais barato.

A acrescer a estas medidas destinadas ao mercado de genéricos, que têm provocado uma queda em cascata dos preços, somam-se outras para todos os medicamentos como as baixas administrativas dos preços. A última, de 6%, ocorreu em Dezembro de 2010.

Esta quebra no preço dos genéricos ajudou ao aumento do consumo. A quota de mercado, em volume, de genéricos atingiu os 24,5% em Janeiro, contra os 11,67% registados em 2007 e os 18,33% de 2010.



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