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Gastos do Reino Unido em consultoria sobem para 459 milhões com o Brexit

Os gastos do governo britânico em contratos de consultoria subiram 45% para 459 milhões de libras (cerca de 505 milhões de euros) desde 2017, devido aos trabalhos realizados no âmbito do Brexit.

07 de Outubro de 2020 às 11:08
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Entre as mais aclamadas empresas de consultoria do Reino Unido foi a Deloitte quem mais lucrou com este forte investimento do governo, passando de 40 milhões de libras para 140 milhões, de acordo com o relatório da empresa Tussel.

A PricewaterhouseCoopers (PwC) obteve ganhos menos significativos do que a concorrente e a Ernst & Young viu os ganhos aumentar no primeiro ano e cair no ano transato, 2019.

Quanto à fatura da KPMG, segundo o relatório, observou-se uma quebra entre 2017-2018 e 2019-2020, os anos em estudo.

Conhecidas como as Big Four, estas empresas foram alvo de duras críticas ao longo da última década, devido a falhas de auditoria e a conflitos de interesse ocorridos entre os seus departamentos de contabilidade e de consultoria.

De acordo com um porta-voz do governo continuam a ser tomadas medidas para reduzir gastos desnecessários e proteger o dinheiro dos contribuintes.

A PwC afirma que, embora não pudesse comentar especificamente o relatório da Tussell, a empresa foi contratada para "fornecer ferramentas especializadas em velocidade". As restantes empresas não quiseram partilhar o seu testemunho com o The Guardian.

Mais de quatro anos depois de o Reino Unido ter votado o Brexit, o governo continua a tentar implementar medidas que assegurem a normalidade e a tentar igualmente garantir um acordo para o comércio livre. As negociações encontram-se numa fase crítica e, caso não se chegue a um acordo antes de o Reino Unido abandonar definitivamente a UE (a 1 de janeiro de 2021), as regras do jogo serão definidas pela Organização Mundial do Comércio.

 

O Ministério do Interior foi o que mais gastos teve durante este período crítico, aumentando em cerca de 56 milhões de euros, ou 800% o seu investimento, de acordo com a Tussell.

 

"As repercussões do Brexit nas fronteiras, segurança e imigração são complexas", segundo os autores do relatório e as negociações irão continuar, pelo menos até ao final deste ano contorverso.

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