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Fundos Europeus: 5 regras de ouro para uma candidatura
Desde a preparação de uma candidatura até à sua execução, há várias cuidados a levar em conta. Pedro Cilínio, do IAPMEI, deixa cinco regras de ouro para as empresas terem em conta.
1. Pensar nas candidaturas como uma proposta a um cliente
"Deve pensar-se numa proposta de candidatura como se se tratasse de uma proposta a apresentar a um cliente". Este é um dos conselhos deixados por Pedro Cilínio a quem queira candidatar-se aos fundos europeus. E isto porque "tal como nas propostas comerciais, as candidaturas são avaliadas pelo que lá está, não pelo que não está lá - se as ideias são muito boas, mas não estão lá expressas, isso não poderá ser tido em conta" na avaliação.
"Se forem empresas, não deixem que os consultores apresentem os projectos sem vocês os verem primeiro; se forem consultores não deixem que as empresas se ponham a apresentar projectos sem que primeiro validem o que elas querem apresentar". Este foi o segundo conselho do director do IAPMEI e funda-se no facto de os papéis de empresa e consultor serem distintos. O projecto dará origem a um contrato ao qual a empresa se vincula por vários anos - e que, em caso de incumprimento, resulta em penalizações.
3. Assegurar a coerência dos pressupostos e dos objectivos
Os projectos têm de ter coerência quer em termos de prazos quer nos pressupostos e metas económicas que assume. As projecções de vendas, dos custos e das rentabilidades assumidas nas candidaturas têm de ser coerentes com o histórico da empresa e com o mercado: "É preciso que o mercado valide os pressupostos que estão a ser assumidos", adverte Pedro Cilínio.
4. O sucesso mede-se pela execução, não na aprovação do projecto
"O sucesso do seu projecto nunca está na sua aprovação, está na sua execução". É outra das regras de ouro para as quais o director do IAPMEI chama a atenção. "O sucesso do projecto mede-se pelos objectivos atingidos em função das metas, pelos investimentos realizados, pela inovação que se concretiza e dá vantagens competitivas, porque em ultima análise é o que importa". A aprovação da candidatura não significa nada, se não houver capacidade de concretização.
5. Documentação, organização e monitorização são cruciais
Os projectos são sujeitos a várias auditorias pelo que é bom que os dossiês estejam bem documentados e organizados. "As empresas devem também fazer o seu "due diligence", isto é, olhar para os contratos, ver quais os aspectos que têm de ser cumpridos, e colocar isso na sua monitorização estratégica". Se por exemplo acharem que o projecto vai derrapar, é fazer o pedido de extensão dos prazos antecipadamente e não após a derrapagem.