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Fundos do turismo em risco de falharem o Verão

Grupo Pestana já admitiu que foi convidado a participar no processo e não deve ser o único privado.

27 de Junho de 2012 às 09:00
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A crise no imobiliário, a retracção da procura e o endividamento bancário criaram problemas graves no turismo. O tempo de investimentos de centenas de milhões de euros no sector e no imobiliário já faz parte do passado. Uns projectos estão a ser revistos, outros congelados e alguns estão a passar sérias dificuldades. Neste contexto, estão a ser preparados fundos de reestruturação dedicados ao turismo, pelo menos três. Mas os primeiros só deverão estar prontos em Setembro, já no fim do Verão.

A ECS Capital, liderada por António de Sousa, é uma das gestoras responsáveis pelo maior volume de fundos de reestruturação. Como o Negócios noticiou, o Discovery, promovido por Rodrigo Guimarães, fundador do "private equity" Explorer, pretende absorver empresas e projectos do sector do turismo. António Carrapatoso, antigo CEO da Vodafone, e Miguel Lucas, ex-consultor da McKinsey, também estão a preparar veículos semelhantes. Mais recente é a manifestação de interesse de Miguel Paes do Amaral em entrar nesta área de negócio.

O Grupo Pestana já confirmou que foi convidado "a dar uma ajuda", mas não deve ser o único. Este processo deverá atrair cadeias hoteleiras e empresas especializadas na gestão de hotéis e campos de golfe. Dois casos de projectos em dificuldade são os do Grupo CS e do empreendimento Colombo’s Resort, no Porto Santo. O grupo liderado pelo empresário Carlos Saraiva está a negociar a reestruturação financeira do seu negócio imobiliário com os bancos. Já o Colombo’s Resort, que era detido pelo Grupo Siram, foi declarado insolvente em 2010 e agora são os bancos que estão a tentar vender o "resort" por 60 milhões de euros. Mas, não o processo não fica por aqui, pois são vários os projectos no Oeste que estão à procura de solução para a falta de parceiros e de procura. Recorde-se que o grupo Orizonia, que promove o "resort" Campo Real entrou em insolvência no ano passado.

Os bancos credores estão a reavaliar a maioria dos projectos e agora, em vez da avaliação patrimonial, será o "business plan" que estará na base do processo de decisão sobre a sua viabilidade, tendo em conta os significativos prejuízos que muitos apresentam.

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