Notícia
FMI espera que Lagarde continue capaz de exercer as suas funções
O Conselho de Administração do FMI diz "esperar" que a francesa permaneça com condições para exercer eficazmente as suas funções.
04 de Agosto de 2011 às 15:34
A administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) reagiu esta tarde, com prudência, à decisão de um procurador do Ministério Público francês de abrir e um inquérito contra Christine Lagarde, a nova directora-geral da instituição, em torno de um caso de alegado favorecimento que data de 2008.
Num curto comunicado, o Conselho de Administração do FMI lembra que, já antes da escolha de Lagarde para suceder ao seu compatriota Dominique Strauss-Kahn – sucessão precipitada também por um caso judicial – o seu envolvimento nesse processo pendente havia sido discutido.
“Não vamos tecer comentários sobre um caso que está a correr na justiça francesa. Contudo, estamos confiantes de que ela possa ser capaz de desempenhar eficazmente as suas funções como directora-geral”, conclui o comunicado.
A actual directora-geral do FMI, e antiga ministra de Nicolas Sarkozy, é acusada de favorecer o empresário francês Bernard Tapie.
O processo, aberto a 10 de Maio pelo procurador-geral do Supremo Tribunal de Paris, alega que Lagarde abusou da sua autoridade como ministra da Economia ao aprovar um pagamento de 285 milhões de euros de fundos públicos a Bernard Tapie.
Na altura, Tapie estava envolvido numa batalha judicial com o banco Crédit Lyonnais. O empresário acusou o banco, na altura pertencente ao governo, de o prejudicar ao vender uma participação na Adidas.
O empresário perdeu o caso mas recorreu da sentença. Alguns meses mais tarde, Lagarde interveio e levou o caso à arbitragem privada. A acusação considera que o recurso a este tipo de procedimento não deve ocorrer quando estão em causa interesses públicos.
Se for acusada, Lagarde arrisca-se a cumprir cinco anos de prisão ou a ter que pagar uma multa de 75 mil euros.
Num curto comunicado, o Conselho de Administração do FMI lembra que, já antes da escolha de Lagarde para suceder ao seu compatriota Dominique Strauss-Kahn – sucessão precipitada também por um caso judicial – o seu envolvimento nesse processo pendente havia sido discutido.
A actual directora-geral do FMI, e antiga ministra de Nicolas Sarkozy, é acusada de favorecer o empresário francês Bernard Tapie.
O processo, aberto a 10 de Maio pelo procurador-geral do Supremo Tribunal de Paris, alega que Lagarde abusou da sua autoridade como ministra da Economia ao aprovar um pagamento de 285 milhões de euros de fundos públicos a Bernard Tapie.
Na altura, Tapie estava envolvido numa batalha judicial com o banco Crédit Lyonnais. O empresário acusou o banco, na altura pertencente ao governo, de o prejudicar ao vender uma participação na Adidas.
O empresário perdeu o caso mas recorreu da sentença. Alguns meses mais tarde, Lagarde interveio e levou o caso à arbitragem privada. A acusação considera que o recurso a este tipo de procedimento não deve ocorrer quando estão em causa interesses públicos.
Se for acusada, Lagarde arrisca-se a cumprir cinco anos de prisão ou a ter que pagar uma multa de 75 mil euros.