Notícia
Fitch baixa "rating" da Hungria para nível antes de "lixo"
A agência de notação financeira Fitch baixou hoje em um nível o "rating" da Hungria para BBB-, um nível que traduz um alerta aos investidores para o grau especulativo do investimento em títulos da dívida pública do país.
23 de Dezembro de 2010 às 14:03
Por detrás da revisão em baixa, está o agravamento da situação orçamental e as previsões “optimistas” que a agência diz estarem a ser assumidas pelo Governo, em especial quanto à evolução da economia.
"A revisão em baixa da notação da Hungria reflecte uma deterioração material da posição orçamental do país no médio prazo, com níveis relativamente elevados de dívida pública, externa e bancária em divisa estrangeira, o que deixa o país vulnerável a choques externos", refere a Fitch, para justificar a atribuição do 'rating' BBB-, apenas um nível acima da notação de lixo ('junk').
A agência congratula as autoridades húngaras pelos “progressos significativos” no reequilíbrio da economia, que permitem prever um excedente corrente de 0,5% do PIB em 2010, contra um défice de 7,6% em 2006, ao mesmo tempo que o défice orçamental caía de 9,4% em 2006 para 3,8% no final deste ano.
Mas o novo Governo, que ganhou as eleições de Abril com uma ampla maioria, “traçou uma política orçamental contrária a um prosseguimento da consolidação orçamental” - acusa a agência – prevendo uma nova redução do défice (2,9% em 2011) à custa de medidas irrepetíveis, designadamente da transferência de fundos de pensões (3,2% do PIB).
A Fitch considera ainda “optimista” a previsão do Governo de que a economia continuará a acelerar para 5% em 2013.
"A revisão em baixa da notação da Hungria reflecte uma deterioração material da posição orçamental do país no médio prazo, com níveis relativamente elevados de dívida pública, externa e bancária em divisa estrangeira, o que deixa o país vulnerável a choques externos", refere a Fitch, para justificar a atribuição do 'rating' BBB-, apenas um nível acima da notação de lixo ('junk').
Mas o novo Governo, que ganhou as eleições de Abril com uma ampla maioria, “traçou uma política orçamental contrária a um prosseguimento da consolidação orçamental” - acusa a agência – prevendo uma nova redução do défice (2,9% em 2011) à custa de medidas irrepetíveis, designadamente da transferência de fundos de pensões (3,2% do PIB).
A Fitch considera ainda “optimista” a previsão do Governo de que a economia continuará a acelerar para 5% em 2013.