Notícia
Fine Gael negoceia com Labour para formar governo
Após vencer as eleições disputadas na sexta-feira com 36,1%, o até agora maior partido da oposição já contactou o parceiro preferencial para uma coligação governamental que promete renegociar o contrato de empréstimo com a UE e o FMI.
O porta-voz do Fine Gael (centro-direita) confirmou esta manhã à televisão pública RTE que o líder do partido e futuro primeiro-ministro, Enda Kenny, já contactou o partido de centro-esquerda do Labour para que seja reeditado um governo conjunto, à imagem do que já sucedeu no passado.
Os Trabalhistas foram o segundo partido mais votado (19,4%) e já eram considerados a solução mais provável para formar um Executivo com apoio maioritário. O líder do partido, Eamon Gilmore, afirmou ontem que "o Labour está disposto a sentar-se à mesa das negociações com o Fine Gael".
Já Kenny, que evitara até agora dar um sinal sobre qual o parceiro preferencial, confirma com este primeiro contacto que o Labour deverá mesmo ser a solução. Outra opção seria procurar o apoio de deputados independentes ou outros pequenos partidos.
Fora do governo ficará de certeza o Fianna Fáil, partido que esteve no governo durante 13 anos e que registou o pior resultado eleitoral de sempre: 17,5%. O partido até há pouco tempo liderado por Brian Cowen, foi penalizado nas urnas por causa da crise económica e financeira e por não ter resistido a solicitar um resgate financeiro, no valor de 85 mil milhões de euros. Uma pressão semelhante à que Portugal está a ser sujeito neste momento.
Baixar taxa de juro mexendo no IRC?
Em declarações no Sábado, o futuro governante afirmou que pretende começar a renegociar o plano de salvamento internacional da ilha já esta semana e que exigirá uma revisão em baixa da taxa de juro "punitiva" a que contratou o empréstimo (5,8%). Enda Kenny quer ainda pedir uma alteração dos custos da reestruturação dos bancos irlandeses, exigindo aos detentores de obrigações que suportem uma parte das perdas.
A União Europeia já disse estar disposta a rever as taxas de juro do empréstimo irlandês, mas deverá exigir em troca que Dublin aceite aumentar a taxa de IRC, considerada por alguns Estados-membros como uma forma de dumping fiscal.
Para já, a Comissão Europeia não fez qualquer referência à renegociação do plano de resgate irlandês, tendo apenas insistido na necessidade do próximo governo cumprir as promessas de reduzir o défice orçamental para 3% até 2015.
Os Trabalhistas foram o segundo partido mais votado (19,4%) e já eram considerados a solução mais provável para formar um Executivo com apoio maioritário. O líder do partido, Eamon Gilmore, afirmou ontem que "o Labour está disposto a sentar-se à mesa das negociações com o Fine Gael".
Fora do governo ficará de certeza o Fianna Fáil, partido que esteve no governo durante 13 anos e que registou o pior resultado eleitoral de sempre: 17,5%. O partido até há pouco tempo liderado por Brian Cowen, foi penalizado nas urnas por causa da crise económica e financeira e por não ter resistido a solicitar um resgate financeiro, no valor de 85 mil milhões de euros. Uma pressão semelhante à que Portugal está a ser sujeito neste momento.
Baixar taxa de juro mexendo no IRC?
Em declarações no Sábado, o futuro governante afirmou que pretende começar a renegociar o plano de salvamento internacional da ilha já esta semana e que exigirá uma revisão em baixa da taxa de juro "punitiva" a que contratou o empréstimo (5,8%). Enda Kenny quer ainda pedir uma alteração dos custos da reestruturação dos bancos irlandeses, exigindo aos detentores de obrigações que suportem uma parte das perdas.
A União Europeia já disse estar disposta a rever as taxas de juro do empréstimo irlandês, mas deverá exigir em troca que Dublin aceite aumentar a taxa de IRC, considerada por alguns Estados-membros como uma forma de dumping fiscal.
Para já, a Comissão Europeia não fez qualquer referência à renegociação do plano de resgate irlandês, tendo apenas insistido na necessidade do próximo governo cumprir as promessas de reduzir o défice orçamental para 3% até 2015.