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Fiat valoriza 4,9% com CEO a alimentar especulação sobre consolidação

Sérgio Marchionne pondera adicionar um terceiro fabricante ao grupo que já inclui a a Fiat e a Chrysler, com o objectivo de conseguir ganhos de eficiência e reduzir custos de desenvolvimento.

10 de Janeiro de 2012 às 16:08
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Os títulos da Fiat, que detém o controlo da Chrysler, estão em alta de 4,77% para 3,908 euros por acção e já chegaram a ganhar 4,9%.

Os ganhos anulam parte da perda de 6,2% que o fabricante registou ontem e reflectem a especulação de que se junte um terceiro fabricante aos italianos da Fiat e aos americanos da Chrysler.

“Pode haver um terceiro parceiro”, disse Sérgio Marchionne que acumula o cargo de CEO da Fiat com a liderança executiva e do conselho de administração da Chrysler, marca controlada pelo grupo italiano. “Temos de construir um novo nível de eficiência e o novo parceiro pode ser de qualquer cor, desde que me dê o nível de convergência industrial que eu procuro.”

O líder do grupo que inclui marcas como a Ferrari e a Maserati disse que o grupo tem de construir 8 a 10 milhões de automóveis por ano para conseguir o nível de sinergias que procura. Uma meta que só é conseguida, actualmente, pela General Motors, grupo Volkswagen e Toyota.

A meta de vendas da Fiat para 2014 foi revista, hoje, em baixa por Marchinni de 5,9 milhões de automóveis para 5,7 milhões. Em 2010, as vendas foram de 4,2 milhões de automóveis. As estimativas dos analistas apontam para que o grupo tenha vendas de 4,7 milhões de automóveis em 2014, refere a Bloomberg.

“Este é um negócio de volume”, disse Marchionne à Bloomberg. “Temos de ver que alternativas temos disponíveis.”

Peugeot é a candidata mais provável a fusão mas ganhos de sinergias terão oposição política

A Peugeot já exprimiu que está pronto para se aliar ao grupo Fiat, segundo foi reportado pelo “Corriere della Sera”. A unidade de análise do banco Equita disse, entretanto, que esta aliança é difícil de conseguir já que existem obstáculos sociais e políticos significativos às sinergias de custos disponíveis, mas que as duas marcas podem sempre partilhar plataformas para modelos das duas marcas.

Já os analistas do Intermonte acreditam que a fusão entre a marca francesa e a italiana pode ser “negativa” para a Fiat, já que a Peugeot teria vantagem competitiva para se apropriar do prémio dessa operação.

Os analistas do banco Akros referiu que a Peugeot é o candidato mais provável numa eventual fusão mas que a Opel, na Europa, também é candidata e que a Suzuki é a terceira possível. A fusão com a Peugeot teria uma “forte” sobreposição de modelos automóveis, relembram os analistas citados pela Bloomberg.

Destaque ainda para os analistas norte-americanos da Kepler, cujo “melhor palpite” para um provável candidato a um movimento de fusão com a Fiat é a General Motor. Segundo este banco de investimento, a eleição presidencial nos EUA, cuja campanha das primárias está a decorrer nos EUA, pode desencadear uma fusão.
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