A Reserva Federal norte-americana (Fed) cortou hoje em 25 pontos base a taxa de referência para os 3,75%, com o objectivo de combater o abrandamento na maior economia do mundo.

Esta é a sexta vez no ano que a instituição liderada por Alan Greenspan reduz o preço do dinheiro, cifrando-se no valor mais alto desde 1994. No início do ano a taxa de juro atingia os 6,5%, o que faz com que esta quebra dos últimos seis meses seja a mais agressiva dos últimos 19 anos.

Esta decisão da entidade que regula a política monetária norte-americana, sugere que existe uma expectativa de que a economia recupere no curto prazo sem que surjam pressões inflacionistas.

Os analistas estimam que a redução das taxas de juro na economia norte-americana, demore entre seis a nove meses a ter o efeito total.

A produção industrial norte-americana caiu este mês pelo oitavo mês consecutivo, o que provocou uma onda de despedimentos das maiores empresas norte-americanas.

A decisão do FED sugere que a autoridade monetária espera uma recuperação na maior economia do mundo, pois se descesse as taxas de juro em 50 pontos, sinalizaria que a economia está em forte abrandamento.

Depois do anuncio do FED, os mercados reagiram em queda, com o Nasdaq a descer 25 pontos, ou 1,2%, passando a registar uma desvalorização de 0,25%.