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FED altera tendência de política monetária; sugere recuperação económica

A Reserva Federal (FED) norte-americana manteve hoje a sua taxa directora inalterada nos 1,75%, mas alterou a sua perspectiva para a evolução da política monetária, sugerindo a recuperação da maior economia mundial.

19 de Março de 2002 às 19:16
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A Reserva Federal (FED) norte-americana manteve hoje a sua taxa directora inalterada nos 1,75%, mas alterou a sua perspectiva para a evolução da política monetária, sugerindo a recuperação da maior economia mundial.

A FED passou a ter uma inclinação «neutral» em termos de política monetária, indiciando que poderá iniciar em breve um ciclo de subida do preço do dinheiro.

Desde o ano passado, a instituição liderada por Alan Greenspan (na foto) vinha defendendo que «a maior ameaça» para a economia dos Estados Unidos (EUA) era a recessão, provocada pelo abrandamento da actividade económica.

A autoridade monetária dos EUA passou hoje a considerar que a inflação e o abrandamento económico representam perigos de grandeza equivalente para a economia norte-americana, indiciando que o ritmo de crescimento económico deverá acelerar nos próximos meses.

No último trimestre de 2001, o produto interno bruto (PIB) norte-americano progrediu a um ritmo anual de 1,4%, suplantando as previsões dos analistas. Esta evolução, conjugada com os crescimentos verificados na produção industrial e na confiança dos consumidores, veio reforçar as expectativas relativas à retoma económica.

Os Estados Unidos conseguiram assim escapar a uma recessão técnica, que ocorre caso se verifiquem dois trimestres consecutivos de contracção, apesar dos analistas concordarem que aquele país entrou em recessão em Março de 2001.

Alan Greenspan afirmou recentemente que a recessão já terá terminado, apesar de prever uma «retoma lenta», face ao crescimento limitado previsto para o consumo, que representa cerca de 75% do PIB norte-americano.

No entanto, face aos últimos indicadores económicos, a maioria dos analistas já reviu em alta as estimativas para o crescimento do PIB no primeiro trimestre deste ano, com as mesmas a apontarem para valores na ordem dos 4%.

No ano passado, a FED cortou a sua taxa directora num total de 475 pontos base, para os 1,75%, o valor mais baixo em quatro décadas. A descida do preço do dinheiro ajudou a suportar o consumo, que não recuou tanto como em recessões anteriores, razão pela qual a FED antevê agora um incremento moderado deste indicador.

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