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Fantasma da recessão congela ânimos em Davos

"Apesar dos múltiplos desafios que o mundo enfrenta actualmente, hoje sou um optimista". Dificilmente Tony Blair dirá o mesmo este ano, na reunião do Fórum Económico Mundial que começou esta quarta-feira em Davos, na Suíça. A agitação bolsista dos últimos

23 de Janeiro de 2008 às 00:20
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"Apesar dos múltiplos desafios que o mundo enfrenta actualmente, hoje sou um optimista". Dificilmente Tony Blair dirá o mesmo este ano, na reunião do Fórum Económico Mundial que começou esta quarta-feira em Davos, na Suíça. A agitação bolsista dos últimos dias serviu, entre outras coisas, para clarificar a agenda do encontro. Por mais que se fale de ambiente ou geopolítica, as atenções vão estar centradas na crise nos mercados financeiros em todo o mundo e no fantasma da recessão.

Há um ano, o bom desempenho da economia mundial colocou os líderes mundiais a discutir enquadramentos institucionais. Fundir ou não fundir o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial? Foi uma das questões.

Este ano, os cerca de 2.500 representantes de 88 países terão sobre os ombros o peso dos acontecimentos recentes nos Estados Unidos, a escalada do preço do petróleo e a esperada subida da inflação.

Além da agenda formal, cujo lema é "o poder da inovação partilhada", é importante não desvalorizar os encontros paralelos. Neste caso, o destaque vai para a possibilidade de serem impulsionadas – nos corredores – negociações no seio da Organização Mundial de Comércio no que diz respeito à Ronda de Doha.

Pelo menos três portugueses

António Guterres e Durão Barroso serão os únicos políticos portugueses que vão estar presentes em Davos. Na lista dos empresários, que o Fórum Económico Mundial disponibiliza no site oficial, não consta nenhum português. Ainda, assim, o Jornal de Negócios sabe que pelo menos o CEO da Sonae, Paulo Azevedo, deverá estar presente.

Este ano vão estar em Davos, 2.500 participantes. Um rol composto por 27 chefes de Estado e do Governo, 113 ministros, 1.370 executivos, artistas, jornalistas, representantes de instituições internacionais e Organizações não-Governamentais.

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