Notícia
Exportações chinesas afundam 12,4% em junho com queda na procura global
No primeiro semestre o comércio total da China caiu quase 5%, em relação a 2022. As exportações caíram 3,2%, uma vez que os preços de matérias-primas como o petróleo diminuíram e a procura interna arrefeceu.
13 de Julho de 2023 às 09:24
As exportações da China caíram 12,4%, em junho, em termos homólogos, face à queda na procura global, suscitada pelo aumento das taxas de juros na Europa, Estados Unidos e outros países, que visam conter a inflação.
Os dados divulgados hoje pelas alfândegas da China revelaram também uma queda de 6,8% nas importações.
A contração no comércio externo aumenta a pressão sobre a segunda maior economia do mundo, num período de desaceleramento na sua recuperação, após Pequim ter abolido, em dezembro, as medidas de prevenção contra a covid-19, que no ano passado empurraram o país para um ciclo de bloqueios que paralisaram a atividade económica.
Entre janeiro e junho, o comércio total da China, incluindo importações e exportações, caiu quase 5%, em relação ao primeiro semestre de 2022. As exportações caíram 3,2% e as importações caíram 6,7%, uma vez que os preços de matérias-primas como o petróleo diminuíram e a procura na China também enfraqueceu.
O comércio foi também abalado pelas fricções entre Pequim e Washington, que impôs restrições sobre a exportação para a China de "chips" semicondutores, visando abrandar os avanços do país em tecnologias com uso militar. A dificuldade no acesso a semicondutores dificulta, no entanto, a produção de telemóveis e outros produtos eletrónicos.
O excedente comercial da China ascendeu a 70,62 mil milhões de dólares (63 mil milhões de euros), em junho, acima do valor atingido em maio, de 65,81 mil milhões de dólares (59 mil milhões de euros).
As exportações da China para os Estados Unidos caíram 23,7%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 42,7 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros), enquanto as importações de produtos norte-americanos caíram 4,1%, para 14 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de euros). O excedente comercial da China com os Estados Unidos, politicamente sensível, diminuiu 30,6%, para 28,7 mil milhões de dólares (mais de 26 mil milhões de euros), em termos homólogos.
"A desaceleração global na procura por bens continua a pesar sobre as exportações. Acreditamos que as exportações vão cair ainda mais, antes de atingirem um ponto mínimo, no final do ano", disse Zichun Huang, da consultora Capital Economics, num relatório.
O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5%, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou. O ritmo de crescimento ficou aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista Chinês para este ano: "cerca de 5%".
Os dados divulgados hoje pelas alfândegas da China revelaram também uma queda de 6,8% nas importações.
Entre janeiro e junho, o comércio total da China, incluindo importações e exportações, caiu quase 5%, em relação ao primeiro semestre de 2022. As exportações caíram 3,2% e as importações caíram 6,7%, uma vez que os preços de matérias-primas como o petróleo diminuíram e a procura na China também enfraqueceu.
O comércio foi também abalado pelas fricções entre Pequim e Washington, que impôs restrições sobre a exportação para a China de "chips" semicondutores, visando abrandar os avanços do país em tecnologias com uso militar. A dificuldade no acesso a semicondutores dificulta, no entanto, a produção de telemóveis e outros produtos eletrónicos.
O excedente comercial da China ascendeu a 70,62 mil milhões de dólares (63 mil milhões de euros), em junho, acima do valor atingido em maio, de 65,81 mil milhões de dólares (59 mil milhões de euros).
As exportações da China para os Estados Unidos caíram 23,7%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 42,7 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros), enquanto as importações de produtos norte-americanos caíram 4,1%, para 14 mil milhões de dólares (12,5 mil milhões de euros). O excedente comercial da China com os Estados Unidos, politicamente sensível, diminuiu 30,6%, para 28,7 mil milhões de dólares (mais de 26 mil milhões de euros), em termos homólogos.
"A desaceleração global na procura por bens continua a pesar sobre as exportações. Acreditamos que as exportações vão cair ainda mais, antes de atingirem um ponto mínimo, no final do ano", disse Zichun Huang, da consultora Capital Economics, num relatório.
O crescimento económico nos primeiros três meses do ano acelerou para 4,5%, em comparação com igual período de 2022, mas os analistas dizem que o pico da recuperação provavelmente já passou. O ritmo de crescimento ficou aquém da meta estabelecida pelo Partido Comunista Chinês para este ano: "cerca de 5%".