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Excedente reforçado até 5.253 milhões paga apoio a empresas e famílias. E sobra

Subida da receita fiscal e contributiva até setembro garante quase mais dez mil milhões de euros do que nos primeiros nove meses do ano passado.

ministro das finanças, Fernando Medina
27 de Outubro de 2022 às 20:52
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A subida da receita fiscal e contributiva empurrou o excedente orçamental para os 5.253 milhões de euros até setembro, chegando para cobrir a totalidade dos pacotes de apoio a famílias e empresas que foram mobilizados neste outono, avança o Ministério das Finanças esta quinta-feira, a antecipar a síntese de execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento.

"Em contabilidade pública, as Administrações Públicas registaram um excedente orçamental de 5.253 milhões de euros até setembro de 2022", indica o ministério de Fernando Medina. Segundo este, a "evolução positiva da execução orçamental nos primeiros nove meses do ano permitiu pré-financiar o programa Famílias Primeiro e o programa Energia para Avançar, anunciados em setembro e concretizados em larga medida em outubro".


Juntos, os pacotes de apoio mobilizam 3,8 mil milhões de euros para ajudar famílias e empresas a suportarem o impacto da inflação.


"A despesa com estes programas só será refletida a partir da execução orçamental de outubro, o que antecipa uma degradação do saldo orçamental no próximo mês", refere o Ministério das Finanças.


A melhoria do saldo orçamental dos primeiros nove meses do ano representa mais 2.711 milhões de euros face ao mesmo período de 2019, antes da pandemia, e mais 9.945 milhões de euros do que nos nove primeiros meses de 2021.


Segundo as Finanças, a dimensão do excedente é justificada com um crescimento de 15,5% nas receitas comparando com o ano passado (mais 14,9% que em 2019), devido ao dinamismo do mercado de trabalho, da economia e ao efeito da subida de preços. Pesa também uma subida de despesa contida em 0,3% face a um ano antes, marcado pelo efeito dos gastos com a pandemia. Face a 2019, a despesa sobe 11,3%.


Já a despesa primária, excluindo gastos com juros, está a crescer 1% face a 2021.


Do lado da receita, a coleta de impostos sobe 20% e a receita de contribuições sociais 9,6%.


Na despesa, o Ministério das Finanças destaca a subida de investimento, sem PPP, em 23,1%, o aumento de encargos com SNS em 6,2% e o aumento da despesa com salários da função pública em 3,2%.

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