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Europa "corre" para evitar tarifas dos Estados Unidos a França

A União Europeia está a tentar conseguir um acordo internacional no que diz respeito à taxação de negócios digitais através da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico.

17 de Janeiro de 2020 às 07:57
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O comissário europeu do Comércio, Phil Hogan (na foto), afirmou à Bloomberg estar numa luta contra o tempo para tentar evitar uma escalada nas tensões entre Estados Unidos e Europa, numa altura em que Washington quer retaliar um imposto francês sobre as tecnológicas com tarifas.

A União Europeia está a tentar conseguir um acordo internacional no que diz respeito à taxação de negócios digitais através da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

"A próxima semana é muito importante para tentar e ver se conseguimos chegar a bom porto", declarou Hogan, em entrevista televisiva com a agência de notícias.

O presidente Donald Trump está a ameaçar impor tarifas sobre 2,4 mil milhões de dólares de produtos importados de França, em retaliação ao imposto anunciado por Emmanuel Macron, e que incide sobre as grandes tecnológicas. Os Estados Unidos consideram que este imposto descrimina empresas americanas como a Google, Apple e Amazon.

Caso a ameaça de Trump acabe por se concretizar, a administração de Trump estará a servir-se pela primeira vez de uma peça legislativa contra a Europa, a secção 301 da lei americana de 1974, a qual, até agora, só havia sido utilizada como arma na guerra comercial com a China. Um precedente que alarmou os responsáveis europeus.

Para evitar a escalada do conflito, as conversações entre o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, são decisivas, defendeu Hogan, acrescentando que o contacto entre estas duas partes tem sido diário.  

UE ameaça recorrer à OMC se acordo China-EUA prejudicar empresas europeias

A União Europeia (UE) avisou que recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC), caso o acordo comercial parcial entre China e Estados Unidos causar "distorções comerciais" em detrimento das empresas europeias, noticiou a Lusa. "As metas do acordo não são compatíveis com as regras da OMC se levarem a distorções comerciais", afirmou o embaixador da UE na capital chinesa, Nicolas Chapuis. "Caso isso se confirme, vamos recorrer à OMC para resolver este problema", admitiu.

Também na quinta-feira, a Câmara de Comércio da União Europeia em Pequim avisou que o "acordo possivelmente vai afetar as (...) exportações para a China", alertando para o facto de os compromissos assumidos por Pequim poderem levar a que se substituam produtos europeus por norte-americanos. Nicolas Chapuis disse, no entanto, que "recebeu garantias formais de que as empresas europeias não seriam afetadas pelo acordo". "Vamos monitorizar a sua implementação", avisou.

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