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Este OE "sabe a pouco" e "só vamos lá sob pressão externa"

Mira Amaral, presidente do Banco Internacional de Crédito, diz que o Orçamento do Estado para 2010 deveria dar um sinal claro de consolidação orçamental para duas legislaturas, o que não acontece, pelo que o documento sabe a pouco .

28 de Janeiro de 2010 às 14:15
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Mira Amaral, presidente do Banco Internacional de Crédito, diz que o Orçamento do Estado para 2010 deveria dar um sinal claro de consolidação orçamental para duas legislaturas, o que não acontece, pelo que o documento “sabe a pouco”.

“Se virem a despesa pública corrente primária, mantém-se nos mesmos 42% do PIB. Este indicador é o mais correcto para avaliar a efectiva consolidação das contas públicas”, adiantou Mira do Amaral aos jornalistas, à margem do almoço debate sobre o Orçamento 2010, organizado pelo Fórum de Administradores de Empresas e que conta com a presença do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

È por isso que o banqueiro diz que este “orçamento sabe a pouco”, uma vez que “devia dar um sinal claro de consolidação para duas legislativas, porque precisamos de oito anos para o fazer”.

Em relação ao défice e 9,3% estimado para 2009, Mira Amaral confessa que “tenho uma reacção natural de surpresa”.

E desabafa: “No início da primeira legislatura acreditei na dupla Sócrates/Teixeira dos Santos. Agora penso que só vamos lá sob pressão externa”.

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