Notícia
Estagnação económica e crises de dívida dominam preocupações dos portugueses
Relatório "Global Risk Report 2022", feito para o Fórum Económico Mundial, revela que o principal receio dos portugueses para os próximos dois anos é de estagnação económica prolongada. As alterações climáticas dominam os receios a nível mundial.
A estagnação económica prolongada e crises de dívida são as principais preocupações dos portugueses para os próximos dois anos. A conclusão é do relatório "Global Risk Report 2022", divulgado esta terça-feira, pouco depois de se ter iniciado o terceiro ano em pandemia e numa altura em que Portugal se prepara para receber o primeiro desembolso das verbas europeias para apoiar a retoma económica.
Enquanto as alterações climáticas dominam os receios a nível mundial, em Portugal, a primeira preocupação é com a possibilidade de estagnação económica prolongada. Apesar de as previsões do Governo e do Banco de Portugal apontarem para um crescimento em torno dos 5% em 2022, a subida da inflação e a consequente perda de poder de compra estão a preocupar os portugueses, a par com falta de convergência com os restantes países da União Europeia (UE).
A juntar a isso, estão os receios de que as maiores economias mundiais registem crises de dívida. Isto porque vários bancos centrais já anunciaram aumentos das taxas de juro, o que vai fazer com que fique mais caro a Portugal financiar-se junto dos mercados e pode levar ao incumprimento dos empréstimos bancários de muitas famílias. Esse cenário é particularmente penoso para Portugal, que tem uma dívida pública de 130% do PIB.
A completar o pódio dos principais riscos identificados pelos portugueses está a crise de emprego e de subsistência, tendo em conta os receios de novas falências devido à crise provocada pela covid-19. A desigualdade digital é outra das preocupações identificadas, assim como o colapso ou falha dos sistemas da Segurança Social.
Alterações climáticas dominam preocupações mundiais
No conjunto das 124 economias analisadas neste relatório, destacam-se as preocupações com os riscos climáticos. O clima extremo, as crise de subsistência e o fracasso da ação climática são os três principais receios a nível global, seguidos pela erosão da coesão social, doenças infeciosas, deterioração da saúde mental, falhas de cibersegurança, crises de dívida, desiguladade digital e explosão da "bolha" de ativos.
A longo prazo (a 10 anos), o relatório da Marsh e da Zurich feito para o Fórum Económico Mundial aponta para riscos como o fracasso da ação climática, o clima extremo e a perda de biodiversidade.
"A crise climática continua a ser a maior ameaça a longo prazo que a humanidade enfrenta. Falhar no combate às alterações climáticas pode diminuir em um sexto o PIB mundial e os compromissos estabelecidos na COP26 continuam a não ser suficientes para atingir o objetivo dos 1,5ºC", defende Peter Giger, chefe do grupo de análise de risco do Zurich Insurance Group, sublinhando que não é precisa uma "transição inovadora, determinada e inclusiva, que proteja economias e pessoas".
Enquanto as alterações climáticas dominam os receios a nível mundial, em Portugal, a primeira preocupação é com a possibilidade de estagnação económica prolongada. Apesar de as previsões do Governo e do Banco de Portugal apontarem para um crescimento em torno dos 5% em 2022, a subida da inflação e a consequente perda de poder de compra estão a preocupar os portugueses, a par com falta de convergência com os restantes países da União Europeia (UE).
A completar o pódio dos principais riscos identificados pelos portugueses está a crise de emprego e de subsistência, tendo em conta os receios de novas falências devido à crise provocada pela covid-19. A desigualdade digital é outra das preocupações identificadas, assim como o colapso ou falha dos sistemas da Segurança Social.
Alterações climáticas dominam preocupações mundiais
No conjunto das 124 economias analisadas neste relatório, destacam-se as preocupações com os riscos climáticos. O clima extremo, as crise de subsistência e o fracasso da ação climática são os três principais receios a nível global, seguidos pela erosão da coesão social, doenças infeciosas, deterioração da saúde mental, falhas de cibersegurança, crises de dívida, desiguladade digital e explosão da "bolha" de ativos.
A longo prazo (a 10 anos), o relatório da Marsh e da Zurich feito para o Fórum Económico Mundial aponta para riscos como o fracasso da ação climática, o clima extremo e a perda de biodiversidade.
"A crise climática continua a ser a maior ameaça a longo prazo que a humanidade enfrenta. Falhar no combate às alterações climáticas pode diminuir em um sexto o PIB mundial e os compromissos estabelecidos na COP26 continuam a não ser suficientes para atingir o objetivo dos 1,5ºC", defende Peter Giger, chefe do grupo de análise de risco do Zurich Insurance Group, sublinhando que não é precisa uma "transição inovadora, determinada e inclusiva, que proteja economias e pessoas".