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Estado irlandês pode ter de controlar todos os bancos do país
Há apenas duas instituições financeiras que escapam a um controlo maioritário por parte do Estado da Irlanda e isso poderá mudar com a divulgação dos novos testes de stress, a acontecer amanhã. O capital adicional necessário para a banca deverá ser de 27,5 mil milhões de euros.
Na Irlanda, há dois bancos que ainda não são controlados pelo Estado. Mas essa situação pode mudar. Os resultados dos testes de stress à banca do país, a anunciar amanhã, poderão forçar o Estado a assumir participações maioritárias nas duas instituições. Amanhã, o Banco Central da Irlanda vai publicar os resultados da terceira ronda das provas de robustez financeira, análises que vão determinar se o Bank of Ireland e o Irish Life conseguem, ou não, evitar serem nacionalizados.
Da mesma forma, o Irish Life teve de proceder a uma injecção de 243 milhões de euros em Novembro, um número que duplica o seu valor de mercado.
A Irlanda pode precisar de aumentar o capital da banca em 27,5 mil milhões de euros, segundo a mediana de uma estimativa da Bloomberg. Esse valor será retirado do fundo de 35 mil milhões de euros disponibilizado pela ajuda internacional que o país recebeu em Novembro.
Outros 46,3 mil milhões de euros já foram injectados na banca nos últimos dois anos, sendo que, com eles, o Governo passou a controlar o Aglo Irish Bank, o Allied Irish Bank, o EBS Building Society e ainda o Irish Natiowide Building Society.
Acções do Irish Life caíram ontem 45%
Na sessão bolsista de ontem, o Irish Life afundou 45,27% para 0,405 euros, tendo chegado a cair 50%. O banco estava a cotar nos 74 cêntimos antes de perder quase metade do seu valor.
O Irish Life conseguiu uma suspensão temporária da negociação em bolsa até amanhã, de forma a que as suas acções só voltam a ser transaccionadas depois de se conhecer os resultados dos testes de stress. Ontem, foram negociadas acções a um volume que não se registava desde Novembro de 2010, mês do resgate internacional ao país.
O Bank of Ireland também segue a destruir valor. Cai 8,9% para 22,5 euros mas já tocou nos 22,3 euros, o valor mais baixo desde Março de 2009.
