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Estado investe mais de 80 milhões na Jornada Mundial de Juventude
Despesa pública para a Jornada Mundial da Juventude de 2023 vai ascender a um total que ultrapassa os 80 milhões, com as verbas a serem repartidas entre o Governo e as autarquias de Lisboa e de Loures. No Portal Base foram identificados 28 contratos que totalizam uma despesa de mais de 25 milhões de euros. E destes contratos, 93% foram adjudicados sem concurso.
A despesa pública para a Jornada Mundial da Juventude de 2023 vai ascender a um total que ultrapassa os 80 milhões, com as verbas a serem repartidas entre o Governo e as autarquias de Lisboa e de Loures, que partilham o terreno a norte do Parque das Nações, onde vão decorrer as principais cerimónias.
Além do polémico altar-palco com cinco mil metros quadrados e nove metros de altura, com capacidade para acolher duas mil pessoas em simultâneo, a pouco mais de seis meses do início do evento mundial – marcado para 1 a 6 de agosto – que vai contar com a presença do Papa, as entidades públicas começam agora a acelerar a execução da despesa.
Segundo um levantamento realizado pelo Eco, a partir de documentos do Portal Base, foram identificados 28 contratos que totalizam uma despesa de mais de 25 milhões de euros.
E destes contratos, 93% foram feitos sem concurso, escreve ainda o Eco. A maior parte foi por ajuste direto (22) e os restantes quatro por consulta prévia, um procedimento em que um mínimo de três empresas são convidadas a apresentar proposta. Em valor, estas adjudicações condicionadas correspondem a mais de 60% do total.
Entre os documentos consultados pelo Eco, só dois foram adjudicados por concurso público. O mais antigo, tem data de junho de 2021, pela EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, que acabou por ser vencido pela construtora ABB e que diz respeito à construção de uma ponte ciclo pedonal sobre o Rio Trancão, no valor de quase três milhões.
Em abril de 2022, depois de um concurso limitado por prévia qualificação em que participaram as concorrentes ABB, Manvia, Mota-Engil, Conduril e Vibeiras, a construtora Oliveiras assinou por quase sete milhões de euros a requalificação do aterro sanitário que acolhe as celebrações no próximo verão.