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Encomendas industriais alemãs sobem 1,6% em Maio
As encomendas fabris na Alemanha subiram inesperadamente em Maio, pelo terceiro mês nos últimos quatro, indiciando uma recuperação económica global, liderada pelos Estados Unidos e Ásia, regiões que aumentaram a procura por bens tais como máquinas industr
As encomendas fabris na Alemanha subiram inesperadamente em Maio, pelo terceiro mês nos últimos quatro, indiciando uma recuperação económica global, liderada pelos Estados Unidos e Ásia, regiões que aumentaram a procura por bens tais como máquinas industriais.
Os pedidos aumentaram em Maio 1,6% face a Abril, altura em subiam 1,9%, disse o Ministério da Economia e do Trabalho em Berlim. Os economistas esperavam que a tendência dos pedidos de encomenda permanecesse inalterada durante aquele mês, como demonstra a mediana das 37 previsões do inquérito da Bloomberg.
A recuperação da maior economia da Europa desde a contracção do ano passado tem sido alimentada pela subida das exportações na Europa de Leste e Ásia. O director executivo da Siemens, Heinrich von Pierer declarou ontem em entrevista esperar que a maior empresa de engenharia alemã obtenha mais encomendas da China, devido à implantação de novas centrais energéticas para sustentar o crescimento económico chinês.
«As encomendas aumentaram claramente nos últimos meses», revelou Marco von Maltzan, director executivo da Beru, que fabrica velas para construtores de veículos a gasóleo, incluindo a Volkswagen e a DaimlerChrysler.
«O crescimento económico é conduzido pelas exportações. O consumo interno encontra-se ainda a um nível muito baixo, em parte devido à situação difícil do mercado de trabalho.»
O relatório de hoje mostrou que as encomendas provenientes do exterior aumentaram 4,1% desde Maio, impulsionada pelo «salto» de 6,4% nos bens de investimento. As encomendas internas por seu turno diminuíram 0,6%, divulgou o ministério.
A preocupação com o desemprego
O Fundo Monetário Internacional (FMI) refez esta semana a sua previsão do crescimento alemão para 1,8% neste ano, da estimativa anterior de 1,6%. Porém, este valor é menos de metade dos 4,6% previstos para os Estados Unidos. O FMI espera ainda que a economia chinesa cresça 8,5% e o Japão 3,4%, este ano.
O fracasso da procura interna em diminuir a preocupação com a situação laboral, está a desacelerar mais a economia alemã. O crescimento das indústrias de serviços e fabris na zona Euro abrandou e a confiança negocial na Alemanha caiu para o valor mínimo dos últimos nove meses. O ministro das Finanças Hans Eichel confessou que o crescimento económico permanece «frágil».