Notícia
Empresas públicas espanholas têm dívida de 26 mil milhões de euros
As empresas espanholas pertencentes aos governos locais e regionais registaram uma dívida de 26,3 mil milhões de euros, de acordo com os dados publicados pelo Banco de Espanha. O FT adianta que esta dívida "escondida" aumenta receios com as obrigações espanholas.
17 de Maio de 2011 às 16:20
Segundo um relatório publicado pelo Banco de Espanha, as empresas espanholas pertencentes aos governos regionais têm uma dívida de 17,3 mil milhões de euros, que não é incluída na dívida pública espanhola utilizada nos cálculos europeus.
Já as empresas pertencentes aos governos locais, devem 9,06 mil milhões de euros, e esta também não é incluída nos dados oficiais da dívida pública.
No total, as empresas detidas pelos governos locais e regionais registaram uma dívida de 26,3 mil milhões de euros.
A dívida dos organismos públicos que não produzem bens para o mercado é incluída na dívida dos governos locais e regionais. Incluindo estas instituições, as regiões apresentaram uma dívida de 115 mil milhões de euros no final do ano passado, o equivalente a cerca de 10% do PIB espanhol.
As câmaras tinham uma dívida de 35,4 mil milhões de euros, segundo o relatório do Banco de Espanha.
Dívida escondida aumenta receios com obrigações espanholas
O rápido crescimento da dívida pública “escondida” em Espanha será, provavelmente, revelado uma vez que se realizam eleições das administrações locais e regionais no próximo Domingo. A descoberta prejudicará a credibilidade dos mercados de obrigações de Espanha, de acordo com um relatório citado pelo “Financial Times”.
“É claro que em nalguns governos regionais as contas oficiais não reflectem a verdade”, revela o estudo da consultora Freemarket Corporate Intelligence, liderada por Bernaldo de Quirós, economista crítico do sistema descentralizado do governo espanhol.
“Também é claro que as novas administrações, se houver uma mudança do partido no poder, não vão assumir a dívida herdada sem clarificar os detalhes”, diz o mesmo relatório.
O relatório da Freemarket recorda que as empresas públicas detidas por governos locais e regionais estão fortemente endividadas, e que os dados de muitas destas empresas não estão incluídos nos cálculos da União Europeia.
“De facto existem cerca de 5.200 entidades regionais e locais com endividamento que não é incluído nas contas oficiais, um montante que ascende a 26,4 mil milhões de euros”, assume o relatório.
Outro método popular de esconder dívida pública durante a crise orçamental e financeira dos últimos três anos, foi o de deixar contas por pagar. As empresas farmacêuticas e outras fornecedoras de produtos aos hospitais, pelos quais as regiões são responsáveis, têm 4,2 mil milhões de euros de dívidas em contas vencidas, diz Quirós.
Madhur Jha, economista do HSBC, disse num relatório sobre Espanha que as revelações de défices maiores que os esperados, devido às eleições dos governos regionais, iriam ser preocupantes. “Isto irá levantar sérias tensões sobre o programa de austeridade orçamental espanhol.”
Já as empresas pertencentes aos governos locais, devem 9,06 mil milhões de euros, e esta também não é incluída nos dados oficiais da dívida pública.
A dívida dos organismos públicos que não produzem bens para o mercado é incluída na dívida dos governos locais e regionais. Incluindo estas instituições, as regiões apresentaram uma dívida de 115 mil milhões de euros no final do ano passado, o equivalente a cerca de 10% do PIB espanhol.
As câmaras tinham uma dívida de 35,4 mil milhões de euros, segundo o relatório do Banco de Espanha.
Dívida escondida aumenta receios com obrigações espanholas
O rápido crescimento da dívida pública “escondida” em Espanha será, provavelmente, revelado uma vez que se realizam eleições das administrações locais e regionais no próximo Domingo. A descoberta prejudicará a credibilidade dos mercados de obrigações de Espanha, de acordo com um relatório citado pelo “Financial Times”.
“É claro que em nalguns governos regionais as contas oficiais não reflectem a verdade”, revela o estudo da consultora Freemarket Corporate Intelligence, liderada por Bernaldo de Quirós, economista crítico do sistema descentralizado do governo espanhol.
“Também é claro que as novas administrações, se houver uma mudança do partido no poder, não vão assumir a dívida herdada sem clarificar os detalhes”, diz o mesmo relatório.
O relatório da Freemarket recorda que as empresas públicas detidas por governos locais e regionais estão fortemente endividadas, e que os dados de muitas destas empresas não estão incluídos nos cálculos da União Europeia.
“De facto existem cerca de 5.200 entidades regionais e locais com endividamento que não é incluído nas contas oficiais, um montante que ascende a 26,4 mil milhões de euros”, assume o relatório.
Outro método popular de esconder dívida pública durante a crise orçamental e financeira dos últimos três anos, foi o de deixar contas por pagar. As empresas farmacêuticas e outras fornecedoras de produtos aos hospitais, pelos quais as regiões são responsáveis, têm 4,2 mil milhões de euros de dívidas em contas vencidas, diz Quirós.
Madhur Jha, economista do HSBC, disse num relatório sobre Espanha que as revelações de défices maiores que os esperados, devido às eleições dos governos regionais, iriam ser preocupantes. “Isto irá levantar sérias tensões sobre o programa de austeridade orçamental espanhol.”