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Empresas pedem para adiar pagamento de 445 milhões de euros em impostos e TSU

Na “mais brusca e violenta contração da história económica da humanidade”, já se inscreveram, em Portugal, mais de 58 mil novos desempregados

As linhas de crédito, que têm sido apresentadas pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, foram reforçadas.
Pedro Catarino
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É, provavelmente, "a mais brusca e violenta contração da história económica da humanidade", considerou o ministro da Economia, Siza Vieira, referindo-se à notícia "absolutamente inédita", de "se pagar a alguém para ficar com o petróleo".


Na sua primeira intervenção na audição da comissão parlamentar da Economia, no Parlamento, o ministro Siza Vieira fez um balanço de algumas das medidas adotadas.

"Neste momento já foi pedido o diferimento de cerca de 445 milhões de euros em pagamentos de impostos ou de contribuições para a Segurança Social", revelou.


Há 85 mil empresas que já pediram lay-off, abrangendo, potencialmente, 1,85 milhões de euros, sobretudo nos setores do alojamento, restauração, comércio e indústria.

O que não impediu que o desemprego disparasse. "São cerca de mais de 58 mil inscritos neste mês ou a a 16 de abril por comparação com o mesmo dia do ano anterior".

Ainda assim, Siza Vieira sustenta que o lay-off tem travado os números e admitiu estendê-lo por mais meses, mesmo na fase de retoma.

Impacto de 2.772 milhões de euros por mês

Ao longo da sua intervenção o ministro da Economia explicou que o apoio excecional para assistência à família custa 165 milhões de euros por mês, que o lay off custa 1.160 milhões por mês e que o apoio extraordinárioa para a retoma da empresa após o lay-off, de 635 euros por trabalhador, "tem um impacto de 1179 milhões e é a única medida que é paga uma única vez".

 

"Todas estas medidas têm um impacto orçamental de 2772 milhões de euros, se estivesse apenas em causa um mês", disse.


Governo não quer alargar apoios a sócios-gerentes

Questionado sobre um eventual alargamento dos apoios aos sócios-gerentes, Siza Vieira respondeu que é difícil desenhar estas medidas, tendo em conta que alguns dos sócios-gerentes vivem apenas desses rendimentos e que outros têm património.

Os sócios-gerentes de empresas com poucos empregados, que estão fora do apoio, podem sempre recorrer às medidas relativas aos trabalhadores dependentes, sugeriu.

"Uma empresa que tem trabalhadores e os coloca em lay-off recebe 635 euros [por trabalhador] a fundo perdido", ilustrou, referindo-se à medida que está prevista para quando as empresas saem do lay-off. 

Notícia atualizada às 11:16 com os dados orçamentais das medidas

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