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Empresa chinesa importa cobre de regiões da Ucrânia sob controlo russo

Uma empresa chinesa importou 7,4 milhões de cobre da região de Donetsk ocupada pela Rússia e que a Ucrânia considera ilegal. Os EUA já ameaçaram sancionar empresas chinesas por comércio com a Rússia.

Bloomberg
15 de Abril de 2023 às 10:00
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Uma empresa chinesa comprou pelo menos 7,4 milhões de dólares de cobre proveniente de uma fábrica numa região ucraniana anexada pela Rússia e que é alvo de sanções ocidentais, noticia a Reuters, de acordo com dados alfandegários russos.

A informação recolhida mostra que as trocas comerciais nesta região entre a Rússia e a China estiveram a decorrer mesmo após o início da guerra a 24 de fevereiro de 2022. A empresa chinesa, Quzhou Nova, comprou pelo menos 3.220 toneladas de ligas de cobre da fábrica metalúrgica de Debaltsevsky entre outubro de 2022 e março de 2023.

A fábrica está localizada em Donetsk, na região do leste da Ucrânia, junto à fronteira com Luhansk. As duas regiões estão entre as quatro que o presidente russo, Vladimir Putin, argumentou serem parte da Rússia. Em contrapartida, a maioria dos membros da assembleia geral das Nações Unidas e a Ucrânia consideram a anexação das regiões como uma ilegalidade por parte do Kremlin.

No total, a china importou cobre e ligas de cobre da Rússia no valor de 852 milhões de dólares entre outubro e fevereiro, de acordo com os dados consultados pela Reuters.

A China não impôs qualquer tipo de restrições no comércio com a Rússia, mas os Estados Unidos têm ameaçado sancionar empresas por todo o mundo que estejam a violar as sanções e avisou Pequim contra o fornecimento de bens sancionados a Moscovo.

Questionado sobre este tipo de trocas comerciais, em resposta à Reuters, o Departamento de Estado norte-americano afirmou que tem "avisado a República Popular da China (RPC) que assistência à máquina de guerra russa pode ter sérias consequências. Não vamos hesitar de sancionar entidades, incluindo empresas da RPC, que ajudam a Rússia a fazer guerra contra a Ucrânia ou apoiam Moscovo a fugir às sanções".
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