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Elisa Ferreira: Bruxelas só deu pior nota aos custos do PRR por "prudência"
A comissária europeia da Coesão e Reformas explicou, em entrevista ao Negócios e à Antena 1, que a pior nota atribuída por Bruxelas aos custos estimados pelo Governo português no Plano de Recuperação e Resiliência não foi propriamente uma crítica, antes uma "questão de prudência".
"Pode haver dúvidas se os valores estimados vão ser confirmados ou não. É apenas uma questão de prudência e não propriamente uma crítica relativamente à proposta portuguesa", garantiu Elisa Ferreira na Conversa Capital, um programa feito em parceria entre o Negócios e a Antena 1.
A comissária europeia para a Coesão e Reformas explicou assim a nota média (‘B’) que Bruxelas atribuiu aos custos projetados pelo Governo português no respetivo Plano de Recuperação e Resiliência.
Em causa estão as avaliações atribuídas pela Comissão Europeia no parecer técnico que serviu de base à luz verde dada pelo órgão executivo comunitário ao programa de retoma português, o qual, numa dezena de métricas, mereceu nota máxima (‘A’) em todos os itens à exceção da previsão de custos.
Ou seja, segundo notou Elisa Ferreira, a instituição chefiada por Ursula von der Leyen considera que há custos que precisam ser definidos de forma progressiva, à medida que os projetos vão sendo executados no terreno, razão pela qual é preciso prestar uma atenção especial ao controlo dos custos de modo a evitar derrapagens.
A comissária portuguesa assegurou ainda que esta nota média – numa escala de ‘A’ a ‘C’ – nada tem que ver com o histórico português na execução de fundos europeus, até porque, no entender de Elisa Ferreira, Portugal tem demonstrado ao longo dos anos uma boa capacidade para executar os dinheiros comunitários.